A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), articula um eventual apoio do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) à Federação Brasil da Esperança nas eleições de 2024. Além do partido dela, o grupo é composto pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Comunista do Brasil (PC do B). A movimentação foi exposta pelo advogado Francisco Faiad, que recentemente assumiu o comando da executiva municipal do MDB provisoriamente. “Há uma posição de apoio à federação, que em 2020 apoiou a primeira-dama Márcia Pinheiro. Ela tenta conduzir o MDB para a federação e já existe uma manifestação em Brasília para que o grupo caminhe junto. Tudo isso vai ser debatido”, ventilou na última quarta-feira (22).Nacionalmente, o MDB e a federação têm o forte vínculo por compor à base aliada e ministérios do governo Lula. Contudo, quando se trata da política local, as composições podem ser guinadas a um caminho bem diferente na capital mato-grossense.Isso porque além da articulação promovida pela ex-candidata ao governo estadual, parte do MDB defende que a sigla encabece uma candidatura própria na Capital. Um dos cotados para o projeto é o deputado estadual, Juca do Guaraná, que há pouco tempo deixou o cargo de vereador para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).Entretanto, nos bastidores, a aposta é vista como “sem musculatura” ou como uma mera provocação ao grupo da deputada Janaina Riva, que faz defesa para que a sigla caminhe com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, do União Brasil.Faiad, por sua vez, antecipa que as possibilidades devem render duros embates dentro do clã emedebista. “Eu entendo que o melhor para o MDB é ter uma candidatura própria. A Janaina tem poder dentro do partido, é a secretária-geral, a deputada mais vetada no Estado, vice-presidente da Assembleia e tem um poder político muito grande para dar a opinião dela. Mas isso vai ser colocado na mesa”, acrescentou.
