Ministério Público de Mato Grosso (MPE) apontou que o governo do Estado não elaborou um plano de prevenção para evitar os incêndios que atingiram Mato Grosso esse ano, principalmente no Pantanal mato-grossense. Também não agiu de forma eficiente para conter o avanço da queimada.
Em entrevista ao programa A Notícia de Frente (TV Vila Real, canal 10), a promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Natural de Cuiabá, Ana Luíza Ávila Peterlini, disse que faltaram estratégias eficientes para que as chamas não consumissem diversas áreas de preservação do estado.
“Não existe plano de prevenção e manejo integrado do fogo. Isso que nós temos que cobrar do governo do Estado. Precisamos de um plano que preveja como evitar o fogo nesse período de estiagem. A gente percebe uma mudança climática e isso exige mais atenção do poder público”, disse.
Declaração ocorre diante das movimentações do MP, que busca colher informações para fundamentar o procedimento investigatório instaurado pelo órgão para apurar a situação dos incêndios Estado.
A promotora defende que a elaboração de um plano de manejo para as unidades de conservação e de todos os preventivos de incêndio, não só para o Parque Encontro das Águas, mas para todo o Pantanal.
“O fogo é recorrente, por isso é necessária a prevenção. Não temos centros de atendimentos para animais silvestres e também precisamos de integração, não se pode imaginar que MT atue de um lado, Mato Grosso do Sul de outro e IBAMA de outra parte. É necessário haver integração, que não pode ocorrer somente na hora do desespero”, disse.
