Legislativo prioriza pacotão que afrouxa legislação ambiental

Os deputados matogrossenses e os senadores preparam uma investida poderosa contra leis e normas que protegem o meio ambiente no Estado. O contra-ataque veio após uma decisão de primeira instância proferida pelo juiz da Vara Especializada do Meio Ambiente, Rodrigo Curvo, que suspendeu o licenciamento por parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) de todos os empreendimentos em áreas úmidas de Mato Grosso.

Entre as ações previstas para essa semana está a revogação da lei 8.830/2008 conhecida como ‘Lei do Pantanal’; a ‘estadualização’ do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, via Senado Federal; desarquivamento da Proposta de Emenda Constitucional 12/2022 que suspende por dez anos criação de novos parques estaduais; Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que prevê a extinção do Parque Estadual Ricardo Franco; e a votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 64/2023 que prevê mineração em área de Reserva Legal.

A reportagem do Jornal A Gazeta preparou um material exclusivo que explica as consequências das ações anunciadas pelos parlamentares de Mato Grosso durante a audiência pública sobre áreas úmidas do Vale do Araguaia e Vale do Guaporé, realizada na última quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa.

O líder do governo Dilmar Dal Bosco (União) e o deputado Júlio Campos (União) anunciaram que irão propor a revogação da lei 8.830 de 2008. A ‘Lei do Pantanal’ é considerada um marco para a legislação brasileira, pois até então não possuía nenhuma regra específica e condizente com as peculiaridades da planície pantaneira. A lei criou uma política de gestão para a Bacia do Alto Paraguai, baseada na proteção e preservação dos recursos naturais existentes.

Visivelmente irritado, Dal Bosco ameaçou cortar verbas do poder Judiciário e do Ministério Público por dar ‘canetadas que prejudicam o setor produtivo de Mato Grosso’. ‘Ação um pouco mais enérgica, pois tenho que pensar como líder do governo e líder do bloco e já foi conversado no Colégio de Líderes de revogar a legislação de 2008. Estamos nos movimentando e já temos uma PEC que prevê a ‘não criação’ de reservas dentro de Mato Grosso’, disse.

Júlio reiterou que a Assembleia não ficará inerte e se colocou ‘à disposição imediata de construir um projeto jurídico, constitucional e legal para revogar a lei do pantanal. Essa lei é o câncer contra o Araguaia e contra o Guaporé. Depois surgiu o decreto 1199/2021 que está aterrorizando todos os produtores rurais. Não vamos ficar parados contem conosco’ emendou. Há cerca de um ano a lei sofreu uma alteração por meio do projeto de lei 561/2022, que flexibilizou o uso de terra dentro da planície, permitindo legalmente: a redução das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para o padrão do código Florestal Nacional.

Na lei de 2008, o Pantanal de MT elas variavam entre 50 e 100 metros, agora passam a ser exigidos apenas 30 metros, até 50 em alguns casos. Também eliminou a proteção a corpos d’água efêmeros (Rios que existem somente quando fortes chuvas acontecem, que são as chamadas torrentes).

Por fim, apesar de proibir atividades como plantio de soja e cana, outras atividades de médio e alto grau de poluição e/ou degradação ambiental dentro da planície não são vetadas, abrindo uma brecha na lei para essas atividades. O Ministério Público do Estado já questiona a legislação de 2022 na Justiça por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).

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Uma noite de celebração e reconhecimento marcou o encerramento das atividades da Secretaria de Educação do ano letivo de 2023, em Nova Mutum. O evento, realizado nesta terça-feira, teve a honrosa presença do presidente da Câmara dos Vereadores, José da Paixão, e da vereadora Beatriz Matos Kohler, que fizeram questão de prestigiar a ocasião especial. A cerimônia ocorreu no acolhedor CTG Porteira da Amazônia, e contou com a presença das autoridades do Poder Executivo, prefeito, Leandro Félix, chefe de Gabinete, Ednaldo Nogueira, secretária de Educação, Elena Maria Maas, secretária de Assistência Social, Aline Félix e os profissionais da educação, que se reuniram para celebrar mais um ano de conquistas e dedicação à educação no município. Durante seu discurso, o vereador José da Paixão, expressou sua gratidão à secretária de Educação, Elena Maria, bem como aos 1200 profissionais da educação que contribuíram para o sucesso do ano letivo. Com palavras emocionadas, o presidente da Câmara destacou o brilhantismo e a importância do trabalho desempenhados pelos professores e profissionais, ressaltando seu papel fundamental na formação dos estudantes e no desenvolvimento da comunidade. Ao agradecer a secretária de Educação, José da Paixão enalteceu seu compromisso e liderança, reconhecendo sua dedicação e empenho em proporcionar uma educação de qualidade aos 9.000 mil alunos, das 18 unidades escolares do município. Quero ressaltar que a Educação de Nova Mutum é referência para o nosso estado e para o nosso Brasil, e essa referência é graças a gestão municipal, e especialmente aos profissionais que compõe a quadro da educação. Eu me sinto honrado por estar ao lado do prefeito Leandro Félix, secretária Elena, e todos os profissionais, porque são eles que fazem a educação acontecer na nossa cidade afirmou o presidente. José da Paixão destacou a importância de parcerias entre a Câmara de Vereadores e o Poder Executivo para o avanço da educação local, se comprometendo a continuar apoiando iniciativas que fortaleçam o setor educacional da cidade. Com o sucesso do evento, conclui-se mais um ciclo de atividades educacionais, que reflete um sentimento de gratidão e motivação para os desafios que estão por vir.

Vereadora Beatriz Matos Kohler solicita ao prefeito Leandro Félix, por meio da Secretaria de Obras e Infraestrutura, a necessidade de aquisição de mais uma máquina