Aumenta a procura por vacina contra a covid-19 nas unidades de saúde pública de Cuiabá. Apenas em janeiro, foram aplicadas 4.131 doses da vacina em adultos. Atualmente, são aplicadas doses de reforço em grupos prioritários, nas pessoas que não receberam nenhuma dose ou apenas uma durante as campanhas nos últimos quatro anos.
Mesmo com a mudança do público alvo no último mês, a aplicação triplicou em algumas unidades, como explica Cynthia Laura de Amorim, enfermeira responsável pela Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Jardim Independência.
“A procura pela vacina da covid-19 teve um grande aumento agora porque cresceram os casos positivos em Cuiabá e em Mato Grosso. No ano passado, nós fizemos poucas aplicações e, hoje, triplicou. Nós fizemos a média de 800 aplicações da vacina apenas em janeiro”.
Ela explica que até dezembro a população em geral podia procurar uma unidade de saúde para tomar a vacina contra a doença, mas, a partir de janeiro, devido a uma normativa do Ministério da Saúde, apenas o grupo prioritário, que são idosos, gestantes, imunossuprimidos, pessoas com comorbidades e as que vivem em abrigos, podem tomar a dose de reforço da bivalente.
“Nós temos uma grande vantagem em relação aos idosos, que culturalmente é a população que mais procura pela vacinação, desde a vacina da gripe. Ainda encontramos jovens que procuram a unidade, a maioria que não fez a aplicação de nenhuma dose, para começar o esquema vacinal. Infelizmente teve essa questão da covid-19 ter aumentado para as pessoas procurarem a vacina, porque se acham vulneráveis, mas também tem o ponto positivo que é elas estarem procurando fazer essa imunização”, pontua Cynthia.
Catarina Botelho Soares, de 77 anos, tomou todas as doses da vacina contra a doença e estava na USF Jardim Independência, acompanhada do marido de 83 anos, para ambos tomarem a dose de reforço.
“Aquelas que teve, eu tomei as quatro doses e a última foi de reforço. Agora veio essa nova vacina e vamos vacinar contra a covid novamente. Eu confio na vacina, porque a gente não pegou a doença, graças a Deus, mas a gente fica com medo. Nós já somos idosos, eu e ele, mas ele tem várias comorbidades. Temos que enfrentar e vamos vacinar”.