Mauro Mendes (União) defendeu a taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 265), popularmente chamada de “taxa das blusinhas”, afirmando que “o comércio local não pode ser submetido a uma concorrência predatória com relação ao comércio chinês”. O governador disse que quem compra destas lojas não contribui com a economia local e, no fim da história, alguém sempre tem que pagar as contas.
“Nós temos que entender que no final das contas, todo custo do Estado brasileiro é pago pelo cidadão brasileiro. Todo custo do estado de Mato Grosso é pago pelo cidadão de Mato Grosso. Então, se nós pegarmos alguém, algumas pessoas ou setores e dissermos ‘vocês não vão pagar nada’, outros terão que pagar para sustentar o custo do Estado”.
A medida foi aprovada pelo Senado Federal na última quarta-feira (5) e então seguiu para a Câmara dos Deputados. Caso o projeto acabe virando lei, as compras internacionais de até US$ 50 terão uma cobrança de 20% sobre o valor do produto.
“Se um governador, um prefeito, gasta mal o dinheiro, esse dinheiro vai faltar em algum lugar ou vai prestar um péssimo serviço público em diversas áreas, ou vai ter que aumentar os impostos em alguma área para poder compensar aquela redução. Então essa tributação dos 50 dólares eu acho que é muito pouco, mas eu não sei hoje o volume que isso representa a nível Brasil. Mas nós temos sim que olhar sempre com o olhar de que todos precisam contribuir e que o comércio local não pode ser submetido a uma concorrência predatória com relação ao comércio chinês”, disse.
Vários representantes do comércio, de microempresários à indústria, já se manifestaram a favor da taxação. A tendência é que o presidente Lula (PT) acabe sancionando a lei.
“Hoje acredito que a maioria dos que estão aqui ao meu redor já comprou no AliExpress, na Shopee, em outros sites e outros shoppings mundiais e não paga nada de imposto aqui no Brasil. Então isso também tem que ser olhado por esse lado, nós temos milhares de micro e pequenas empresas que estão aqui estabelecidas e que pagam algum nível de imposto. Então nós temos que olhar também sobre esse viés”, pontuou Mauro.