Uma mulher de Feira de Santana (BA) suspeita de decepar o pênis do próprio marido foi presa pela Polícia Civil nesta segunda-feira (26) e transferida, após audiência de custódia, para o Complexo Penal da cidade, no interior do estado.
O crime ocorreu no dia 15 de junho. Dois dias depois a polícia resgatou o homem inconsciente e mantido em cárcere privado dentro de um imóvel no bairro do Tomba. Ele foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade e relatou aos policiais que, de fato, sua esposa havia decepado seu pênis. Não há informações atualizadas sobre seu estado de saúde.
A mulher, por sua vez, foi encontrada pelos policiais no Hospital Lopes Rodrigues, local onde estaria buscando atendimento para “tratar problemas mentais”.
“Ela se alterna, disse que ele se automutilou, parece que tem uma perturbação, mas no momento do depoimento fica claro que tem uma lucidez para a premeditação”, afirmou ao site BNews o delegado responsável pelo caso, João Rodrigo Uzzum, detalhando ainda que ela, após cortar o pênis do marido, colocou sal e iodo no ferimento para conter o sangramento e jogou o membro no lixo.
Questionada pela imprensa, a mulher disse enxergar um lado bom em ser presa. “Vai ser ótimo porque aluguel está muito caro”, disparou.
Agora, ela será mantida presa e responderá pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal de natureza grave.
O padeiro de prenome Edson, que teve o órgão genital decepado pela esposa, na cidade de Feira de Santana, no centro-norte do estado, falou sobre o ocorrido pela primeira vez.
O crime aconteceu no último dia 17 de julho, no bairro do Tomba. A suspeita, identificada como Naidara, 35, foi preso.
A vítima diz que foi dopada pela esposa e que ficou em cárcere privado durante três dias, mesmo depois de ter sido ferido. O homem relatou também que na primeira tentativa de arrancar o órgão genital, a suspeita usou um alicate para esticar o pênis, mas só conseguiu tirar um pequeno pedaço de pele. A vítima foi obrigada a comer parte do membro reprodutor. Na segunda vez, a mulher usou uma faca para cortar o órgão, que foi jogado no lixo.
Depois de ferir o marido, Naidara usou sal e iodo para tentar estancar o sangramento. O casal tinha um relacionamento de oito anos, mas só passou a viver na mesma casa nos últimos meses. A vítima diz que as agressões sofridas eram aleatórias e que não tinham um motivo específico. Agora, as necessidades fisiológicas estão sendo feitas com ajuda de uma sonda.
“Foi tirado uma coisa forçada de mim, principalmente um órgão meu, que Deus me deu. Eu estou muito triste com o fato que aconteceu comigo, uma coisa que não foi justa. Estou precisando de apoio e ajuda […] Naquele dia foi um terror, um desespero, pelo fato da situação. Fiquei preso, com os cadeados nas portas, não tive como pedir socorro, até que ela colocou sal em cima da situação, mas perdi muito sangue e tive um desmaio em seguida”, lembrou Edson.