Mario Wilson Vieira da Silva, policial civil preso por matar a tiros o policial militar Thiago Ruiz em uma loja de conveniências em Cuiabá em abril deste ano, obteve liberdade após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ele estava preso há quase 5 meses.
A decisão foi proferida pelo desembargador Rui Ramos. O alvará de soltura foi juntado ontem (11), às 18h32, na ação penal que tramita contra o policial civil na 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Mario estava preso desde o dia 27 de abril, data em que cometeu o crime.
O policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e Thiago chegaram juntos à conveniência de um posto de combustíveis de Cuiabá. Mário chegou depois e foi apresentado a Thiago. Câmeras de segurança mostraram suspeito e vítima conversando até que o PM mostra sua arma na cintura e neste momento o policial civil toma o revólver.
Eles começam a discutir e depois passam a se agredir. Em determinado momento eles caem ao chão e Mário então atira em Thiago. Ele teria desconfiado que Thiago não era PM e por isso decidiu tomar a arma.
Mário se apresentou à polícia menos de 24h após ter cometido o crime. Em seu depoimento, não soube explicar o porquê tomou a arma do PM. Contudo, justificou que atirou por temer que a vítima o matasse durante o desentendimento.
O crime ocorreu no dia 27 de abril, contudo, decisão que tornou o investigador réu foi proferida pelo juiz no dia 1º de junho. O Ministério Público de Mato Grosso, que ofereceu a denúncia contra o investigador, apontou que o crime foi cometido com duas qualificadores, sendo uso de recurso que dificultou defesa da vítima e motivo fútil.