O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manteve a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, alvo da Operação Lesa Pátria e da Operação Nero, acusado de colocar um artefato explosivo nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília (DF). O material foi encontrado no eixo de um caminhão tanque, no dia 24 de dezembro de 2022. A decisão é de terça-feira (7).
Conforme os autos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu, em 18 de junho deste ano, a denúncia em face do trio George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza crime pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.
No dia 24 de junho, o ministro acolheu a manifestação da Procuradoria-Geral da República e decretou a prisão preventiva.
A prisão de Alan Diego foi efetuada dois dias depois, em 27 de junho, estando ele mantido na unidade prisional da Comarca de Comodoro (644 km a oeste de Cuiabá).
Em 30 de setembro, a defesa de Alan apresentou requerimento de revogação da prisão preventiva, posteriormente a Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo indeferimento do pedido.
Em sua decisão, o ministro ponderou que há indícios suficientes que apontam para a participação efetiva do denunciado na inserção de artefato explosivo
“Os elementos colhidos pela investigação apontam que Alan Diego dos Santos Rodrigues, ao ser conduzido em um veículo no banco do carona, depositou o artefato explosivo no eixo esquerdo do caminhão-tanque e, na sequência, fez duas ligações por orelhão, o que revela evidente risco à ordem pública representado pela sua liberdade”, cita.
Diante disso, o relator manteve a prisão preventiva, acolhendo a manifestação da Procuradoria-Geral da República.
