Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) apresentou uma alternativa para solucionar o problema no Portão do Inferno, de curto a médio prazo. Uma delas é um túnel que passa pelos paredões do atrativo turístico.
Os pontos foram apresentados pelo presidente do Tribunal de Contas (TCE), Sérgio Ricardo, após uma vistoria no local durante a manhã desta sexta-feira (12) acompanhado de autoridades e órgãos de controle e fiscalização. O conselheiro ainda solicitou ao governador Mauro Mendes a criação de uma Comissão de Gestão de Riscos.
“Estudo da Companhia Mato-grossense de Mineração aponta que o risco aqui é classificado em R4, que é altíssimo, tanto para a queda do pontilhão, quanto para o desabamento de pedras. Há uma necessidade urgente de buscar uma solução”, disse.
Segundo ele, o primeiro pedido do TCE e da comissão que acompanhou a vistoria é para que a MT-251 seja liberada de forma integral para receber o tráfego de veículos. “Não há como essa estrada ficar sem movimentação. Ela precisa ser liberada para que ninguém fique sem transporte, sem o ir e vir. Os riscos são conhecidos há muitos anos”, destacou.
Por isso, ele solicitou ao governador que seja criada a Comissão de Gestão de Riscos, que é uma lei, mas que não há ainda em atuação no estado. “Que seja criada, de forma imediata, seja na Casa Civil, Defesa Civil ou Bombeiros. Não temos só esse ponto crítico, tem outros pontos que podem sofrer com desabamentos”.
Comissão Permanente
Ao lado do senador Wellington Fagundes (PL) e do deputado estadual Wilson Santos (PSD), o presidente do TCE confirmou ainda a formação de uma comissão permanente, formada por membros de várias instituições, para discutir a situação do local.
“A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) tinha uma licença para gerenciar isso, mas não o fez por inoperância, não correu atrás e perdeu a licença. Agora, o órgão voltou a pedir ao Ibama uma nova licença, que está sob análise. O senador Fagundes vai pedir uma audiência com o órgão para intermediar que a Sema volte a gerenciar as obras que poderão ser feitas aqui”.
Nesse momento, ele cita que a Sinfra apresentou duas alternativas “urgentes”, como a construção de um túnel há 500 metros da rodovia, que pode possibilitar a duplicação da via entre Manso e Chapada e a outra, que será analisada, é o corpo no morro para o alargamento da via. Porém, essa segunda foi descartada pelos geólogos que acompanhavam a visita.
“Essas são alternativas urgentes, de curto e médio prazo. Mas, de imediato, o que precisa é liberar a via, pedindo aumento da fiscalização ou, que só uma faixa seja liberada, organizando o tráfego para voltar a normalidade”.
Ponte no Portão do Inferno
O conselheiro ainda afirmou que existem outras possibilidades. “Temos que sonhar, uma ponte passando pelo buraco do Portão do Inferno, como a Sérgio Mota, com dois pontos de sustentação”, disse.
Sérgio Ricardo diz ainda que poderia construir ainda uma pista de vidro, como observatório, para as pessoas passassem a pé. Essa alternativa ainda fomentaria o turismo.