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Quero mais mulheres e negros no governo, mas é difícil achar, diz Lula

Nova Delhi, Índia, 11.09.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concede entrevista coletiva à imprensa em Nova Delhi, Índia, e faz balanço da viagem. Foto: Ricardo Stuckert/PREm entrevista ao UOL nesta quarta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), destacou sua intenção de aumentar a representação de mulheres e negros no governo, refletindo a diversidade da população brasileira. Lula enfatizou que, embora seja sua vontade, a busca por esses perfis enfrenta obstáculos devido à falta de uma participação política histórica desses grupos.

“Não é que não tenha [mulheres e negros]. É que a oferta é menor na medida em que, embora sejam a maioria da população, [mulheres e negros] não tiveram uma participação política histórica mais contundente”, afirmou o presidente em referência aos desafios encontrados na composição de seu governo.
Atualmente, o ministério de Lula conta com nove mulheres em diferentes pastas ministeriais, abrangendo áreas como Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Meio Ambiente, e Saúde, entre outras. Em contrapartida, homens ocupam a maioria das pastas, secretarias e órgãos com status de Ministério.
Na questão racial, dez ministros se identificam como pretos ou pardos, incluindo figuras como Margareth Menezes, Anielle Franco e Marina Silva, enquanto apenas uma ministra é indígena, Sônia Guajajara. Lula destacou a importância da representatividade racial e de gênero no governo, expressando o desejo de que seu governo “tenha a cara do Brasil”.
Posicionamento sobre questões de gênero
Apesar dos desafios em encontrar mulheres para altos cargos, Lula reforçou seu apoio à participação feminina na política e elogiou o engajamento das mulheres em manifestações recentes. Ele criticou vigorosamente um projeto de lei que equipara a penalização do aborto tardio à do homicídio, descrevendo-o como uma “carnificina contra mulheres” e defendendo o direito das mulheres de protestar e se engajar politicamente.
“Ainda bem que as mulheres estão indo para a rua. Esse é um dado importante: mulher tem que ir para a rua, não é mais um objeto de mesa e cama em lugar nenhum do Brasil, mulher é agente política, não quer apenas tomar conta da casa, ela também quer trabalhar fora, ela quer ser cidadã plena”, enfatizou o presidente.

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