O Corpo de Bombeiros arquivou o processo disciplinar que investigou a tenente Izadora Ledur Souza Deschamps, pela suspeita de torturar até a morte o aluno Rodrigo Claro, em novembro de 2016. O jovem morreu após passar mal em um treinamento liderado por Ledur, na Lagoa Trevisan.
De acordo com despacho do governador Mauro Mendes (União), publicado nesta terça-feira (14) no Diário Oficial do Estado (DOE), o processo administrativo prescreveu, após 5 anos. Isso significa dizer que será remetido ao arquivo, sem qualquer possibilidade de punição, diante da incapacidade do Estado em concluir o processo nos prazos previstos em lei. A decisão seguiu parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Em agosto de 2022, desta vez na esfera criminal, a tenente Ledur também foi favorecida com a extinção do processo por conta de prescrição.
A ação penal foi recebida do dia 27 de julho de 2017 e a publicação da sentença por maus tratos ocorreu somente no dia 17 de agosto de 2022. Como transcorreu mais de quatro anos, o caso prescreveu conforme decisão do juiz João Bosco Soares da Silva.
Porém, desde o recebimento da denúncia, no dia 27 de julho de 2017, até a publicação da sentença, no dia 17 de agosto de 2022, passaram-se mais de quatro anos, o que fez com que o caso prescrevesse, de acordo com o magistrado.
Em fevereiro de 2022, Ledur se tornou ré pela tortura de outro aluno do Corpo de Bombeiros. Trata-se de Maurício Júnior dos Santos. Conforme a denúncia do Ministério Público, Ledur submeteu o aluno a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigá-lo.