
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), ironizou a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em violar a tornozeleira eletrônica com uma solda, fato que resultou em sua prisão preventiva por risco de fuga. “Todos viram que ele descumpriu as regras do uso da tornozeleira, é inquestionável isso. E como consequência, se ele não sabe usar tornozeleira, tem que ficar preso”, disse rindo.
Ele também ignorou a ameaça feita pelo ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja Brasil), para organizar uma nova paralisação de caminhoneiros para parar o país por conta da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Questionado se o Ministério estaria monitorando possível mobilização para tentar evitar uma paralisação, Fávaro disse que não vai fazer nada, e que decisão judicial deve ser cumprida. “O Brasil tem as instituições muito bem estruturadas e a gente tem que respeitar. Recorrer quem acha que tem direito. E o direito de ampla defesa é isso aí, vida que segue”, disse.
O ministro avaliou ainda que a prisão do ex-presidente não mudará a estratégia das articulações para o seu projeto de reeleição ao Senado, e nem do seu grupo político para construir o palanque do presidente Lula (PT) em Mato Grosso para as eleições de 2026.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22) após tentar violar a tornozeleira eletrônica entre o início da noite de sexta-feira até os primeiros minutos de sábado. O ministro Alexandre Moraes acatou o pedido de Polícia Federal (PT) que também temia possível mobilização em frente o condomínio do ex-presidente, após o seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter convocado uma vigília pela saúde de Bolsonaro.
Segundo a PF, tal medida poderia ser um risco a ordem e facilitar uma possível tentativa de fuga. Moraes decretou a prisão preventiva de Bolsonaro que se encontra recolhido na Superintendência da PF em Brasília. Nesta segunda-feira (24) a Primeira Turma do STF manteve a prisão por unanimidade.

