A Polícia Civil prendeu, há pouco, um homem de 32 anos, acusado de estupro de vulnerável, contra a própria filha, de 15 anos. A prisão ocorreu no bairro Jardim Boungainville e foi encaminhado à delegacia. A delegada Renata Evangelista, da Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Sinop, explicou que, após as primeiras investigações “a prisão foi pedida no mesmo dia (denúncia) e foi concedida ontem (pelo judiciário). Desde que saiu o pedido de prisão os investigadores estão atrás dele e hoje conseguimos. Ele estava dormindo quando prendemos”, explicou.
Renata disse que o acusado vinha fazendo pressão psicológica, há vários anos, na vítima. “Ele nega que tenha obrigado (tomar remédio abortivo) disse que deixou o remédio para que ela decidisse. E uma menina com essa idade não decide nada. Ele vinha fazendo pressão psicológica”. “Ele a abusa desde os 7 anos, no Piauí. Em janeiro de 2021, ela veio morar com ele, a partir dos 13 (anos) ele começou a ter conjunção carnal”, acrescenta a delegada.
A delegada também afirmou que o acusado não negou o crime. “Sim (confessou), mas ele estrategicamente diz que começou os abusos quando ela completou os 14 anos para não configurar estupro de vulnerável, orientado pelo advogado. Ouvimos todo mundo que tinha que ouvir, agora só falta os dois enteados. As investigações estão para ser encaminhadas. O inquérito já relatado”. “Ele esteve aqui e não prendemos em flagrante pois não tínhamos elementos para isso. Assim como toda a população abomina esse tipo de conduta eu como mulher, delegada, qual a cara minha quando ele entra e consegue sair com as próprias pernas? A gente prende para deixar preso. Para isso precisamos de elementos”, acrescentou, sobre os procedimentos legais.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no último dia 6, pela Polícia Militar, a adolescente foi a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na André Maggi, relatou que estava sendo abusada sexualmente desde os 7 anos, pelo próprio pai. Ela detalhou ainda que, a partir de 2020, houve o primeiro ato sexual completo (estupro com penetração).
A menor alegou que vinha sendo ameaçada para não contar e que, esta semana, o acusado comprou dois testes de farmácias, onde ambos deram positivo para gravidez. No dia 3 de março ele havia comprado pílulas abortivas obrigando a menor ingeri-las. Ela passou mal e foi encaminhada a UPA com aborto em andamento, onde ficou internada para “terminar o procedimento abortivo médico”, conforme o registro do boletim de ocorrência.