Presidente Lula (PT) afirmou, após as vaias de protestantes contra o governador Mauro Mendes (União), que irá buscar conhecer a situação da Lei da Pesca, de Mato Grosso, para saber como pode ajudar. Na ocasião, o líder da República pediu que Mauro fosse respeitado, porém, os manifestantes mantiveram as vaias contra o chefe do Executivo estadual.
Por causa da lei, a pesca de 12 espécies de peixes para fins comerciais está proibida desde janeiro deste ano nos rios de Mato Grosso, o que impactou na renda de muitas famílias. Inconformados com a norma, representantes dos ribeirinhos foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) tentar derrubar a regra, mas ainda não houve decisão ainda.
Desta forma, está proibida a pesca de cachara, caparari, dourado, jaú, matrinchã, pintado/surubin, piraíba, piraputanga, pirara, pirarucu, trairão e tucunaré pelos próximos 5 anos.
Durante a visita do presidente Lula a Mato Grosso nessa quarta-feira (31), ao ser chamado para discursar no evento de entrega de mil casas do Residencial Colinas Douradas, em Várzea Grande, Mauro foi vaiado por quase 30 segundos ininterruptos por protestantes que também gritaram “respeita os pescadores”.
Em defesa do governador, o presidente disse que Mauro estava ali porque ele o convidou. Porém, os protestos continuaram. Mauro então lembrou que no início de seu primeiro mandato foi vaiado por produtores rurais, porém, hoje tem a aprovação deles. Disse que espera que o mesmo aconteça com os pescadores. Por conta das manifestações, o presidente Lula disse que quer tomar conhecimento sobre a Lei da Pesca.
“Eu não conheço o problema dos pescadores, mas pelo fato de ter uma discussão aqui, eu já saio daqui comprometido a entender o que aconteceu com os pescadores. Muitas vezes a gente pode consertar, ou se estiver correto a gente pode dizer que está correto, mas quero dizer a vocês que vou me interessar, vou saber como está este processo para saber se a gente pode ajudar em alguma coisa, ajudar o Estado e ajudar cada pessoa”, prometeu.
No evento o deputado estadual Valdir Barranco (PT) saiu em defesa dos pescadores e afirmou que já houve manifestação pela inconstitucionalidade da lei.
