Políticos de MT são campeões em divulgação de fake news

Mato Grosso lidera a lista de estados com o maior número de políticos que disseminam desinformação, segundo o projeto Amazônia Livre de Fake. No total, são 14 políticos, entre deputados estaduais, federais e senadores. O estado também é campeão em postagens, com 101 ocorrências registradas entre 2023-2024. Dois desses políticos estão no top 6 da lista.

A campanha Político Desinformante, resultante da pesquisa, destacou figuras públicas que violam o direito à comunicação, com um ranking baseado na recorrência de desinformação, financiamento desses conteúdos e práticas de discurso de ódio. O Top 6 inclui Plínio Valério (PSDB/AM), Fausto Jr. (União Brasil/AM), Delegado Caveira (PL/PA), Amália Barros (PL/MT), in memorian, Eder Mauro (PL/PA) e Abílio Brunini (PL/MT).

Entre os políticos de Mato Grosso monitorados, além de Abílio Brunini e Amália Barros, estão Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL) e os senadores Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD), e Wellington Fagundes (PL). Também citados o governador Mauro Mendes (União) e os deputados estaduais Cláudio Ferreira (PL), Gilberto Catani (PL), Janaina Riva (MDB) e Júlio Campos (União).

Dos 28 políticos identificados como disseminadores de desinformação, 17 utilizaram recursos públicos para impulsionar postagens com o objetivo de aumentar alcance e engajamento, segundo o Intervozes. Após analisar 195 anúncios mencionando questões socioambientais, 68 (35%) continham desinformação, com R$ 13 mil em recursos públicos investidos e 4,7 milhões de impressões geradas. Apesar de o valor parecer pequeno, o impacto dessas desinformações é significativo, aponta o estudo.

Na etapa atual do projeto, foram estudados Amazonas, Mato Grosso e Pará para identificar as estratégias de produção, disseminação e orquestração de desinformação socioambiental. O levantamento afirma que períodos críticos de disseminação de desinformação coincidem com momentos de grande relevância política, como a abertura de comissões parlamentares de inquérito ou a apresentação de projetos de lei. Um exemplo é o projeto de lei 4.183/23 do deputado Coronel Assis, que visa atingir o MST, exigindo a criação de CNPJ para responsabilizações, destaca o levantamento do Intervozes com a parceria do Instituto Centro e Vida.

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