A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Crimes Fazendários, deflagrou, hoje, a operação Salmonidae para cumprimento de 15 prisões, 24 mandados de buscas e apreensões, bloqueios de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis, além de 17 medidas cautelares diversas que são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Curvelândia e em Campo Grande (MS) para desarticular organização criminosa por sonegação fiscal, falsificação de documentos, uso de selo falso, tráfico de influência e corrupção.
A investigação, iniciada há cerca de um ano apurou que os suspeitos utilizavam empresas de fachada para vender pescado (salmão, frutos do mar, peixes) em Cuiabá e Várzea Grande, sonegando impostos e utilizando empresas de fachada, inclusive com a criação de pessoas fictícias, com procurações outorgadas aos responsáveis pelo esquema para a compra de mercadorias nas regiões Sul e Sudeste, que eram revendidas pela beneficiária do esquema, procurando dar aparência de legalidade à fraude.
Conforme dados da secretaria de Fazenda de Mato Grosso, o grupo investigado movimentou R$ 120 milhões em mercadorias, deixando de recolher aos cofres públicos R$ 20 milhões em impostos. Além disso, a inscrição dos débitos em dívida ativa totaliza R$ 15,6 milhões, o que motivou o bloqueio de contas e sequestro de bens.
A polícia descobriu que o grupo era composto por três núcleos, o primeiro administrativo e financeiro, o segundo contábil e o terceiro composto por laranjas/pessoas proprietárias das empresas de fachada. Além disso, contavam com facilidades para confeccionar procurações em cartório e tentavam cooptar funcionários para dar continuidade ao esquema ardiloso.