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Polícia Federal e Ibama localizam garimpo ilegal em parque nacional no Nortão; um preso e maquinários destruídos

Polícia Federal em conjunto com o Ibama e o ICMBio realizou operação de combate à extração ouro e desmatamento ilegais no Parque Nacional do Juruena, em Nova Bandeirantes (520 quilômetros de Sinop). A operação Ibi-çoroc foi deflagrada na terça-feira (1) e foi até ontem à tarde e o prejuízo imediato aos infratores ultrapassa R$ 4 milhões. O presidente da cooperativa de mineração em Nova Bandeirantes (500 km de Sinop ) foi preso acusado de ser “responsável por uma grande área de garimpo na região que operava ilegalmente”.

Agentes das três instituições fizeram infiltrações por terra e constataram “grande número de frentes de lavras recém-abertas, flagrando equipamentos de extração instalados e em operação”. A PF detalhou que para “estancar as ameaças ao meio ambiente e coibir novas investidas do grupo criminoso”, dada a inviabilidade de apreensão cinco escavadeiras hidráulicas, 10 dragas (conjunto moto-bomba de recalque), além de acampamentos com estrutura de refeitório e alojamento, foram destruídos.

Segundo a PF, não há autorização da Agência Nacional de Mineração para atividade nesse local. A pena somada dos crimes referentes ao garimpo ilegal pode chegar a 6 anos de prisão.

Imagens de satélites do Programa Brasil MAIS de áreas objeto de investigações “mostraram que garimpeiros e grileiros de terras da região continuavam a praticar delitos com potencial de devastação de áreas protegidas de grande valor ambiental”, informou a PF. Os policiais constataram que ao se apropriarem de terras públicas, os grileiros se  associaram a garimpeiros para exploração da área, promovendo o desmatamento de áreas de floresta primária e degradando igarapés intocados mediante a cobrança de um percentual do minério extraído.

Os alertas de desmatamento e mineração ilegal emitidos a partir do monitoramento por satélite permitiram aos agentes identificar os crimes em estágio inicial, com localização de 24 novas frentes de lavra, assim como de seus acessos, em um total de 260 hectares de áreas recém abertas, sendo 95 ha no interior do PNJu. Levantamentos preliminares da perícia da PF apontam a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 46 milhões só com a mineração e mais de R$ 300 milhões com o desmatamento ilegal financiado pela mineração.

“As investigações e investidas das forças do Estado contra os delitos ambientais continuam, com especial atenção à identificação das lideranças e demais integrantes da associação criminosa, bem como à sua completa descapitalização, inclusive para reparação dos danos impostos à sociedade”, destacou a PF, através da assessoria.

O nome da operação, Ibi-çoroc, é um termo em Tupi que significa terra rasgada, alusão à ação dos garimpos ilegais que promovem a erosão das margens, o desvio e o assoreamento de cursos de água.

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