As candidaturas bolsonaristas nas 4 principais cidades de Mato Grosso, Abilio Brunini (PL), em Cuiabá, Flávia Moretti (PL) Várzea Grande, Cláudio Ferreira (PL) em Rondonópolis e Roberto Dorner (PL) em Sinop, não fizeram qualquer menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seus planos de governo.
O 4 também deixaram de lado as chamadas pautas de costumes, como questões ligadas ao aborto, sexualidade, religião e a chamada ideologia de gênero.
A Gazeta analisou os 4 planos de governo e propostas dos candidatos do PL. Abílio, por exemplo, que ligou sua pré-candidatura inteira com a imagem de Bolsonaro, não citou nenhuma vez o ex-presidente e nenhuma ação de sua gestão.
O mesmo acontece nos planos de Moretti, Dorner e Cláudio Ferreira. Eles também não fizeram nenhum ataque à gestão do presidente Lula (PT), o que sinaliza deixar uma possível polarização para segundo plano.
Já em relação a pauta de costumes, nenhum dos candidatos citam propostas ou qualquer outra política voltada para a população LGBTQIAPN+.
Apenas Flávia Moretti cita genericamente que sua gestão “irá trabalhar no enfrentamento aos casos de violência de racismo e homofobia”.
“Para isso, criar a estrutura de apoio ao atendimento e acolhimento. Desenvolver campanhas contínuas de acolhimento”, diz trecho de seu plano de governo.
Em relação ao tema aborto, que é uma pauta jurídica e que os municípios não têm nenhuma competência sobre o tema, aparece nas propostas de Abílio e Cláudio Ferreira.
No caso do candidato da capital, a proposta afirma que irá incentivar uma política de doação de bebês em interesse de aborto.
O candidato não diferencia os casos em que o aborto é permitido: em caso de estupro, e em caso de anencefalia do feto (má formação cerebral) e risco de morte à gestante.
Já o candidato de Rondonópolis, o liberal propõe fortalecer a Procuradoria da Mulher “junto ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, oferecendo apoio às gestantes e combate ao aborto”.
Os planos de propostas e governo estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já quer é exigido a publicação do documento no pedido de registo de candidaturas.