Um pastor religioso, de 34 anos, foi preso na noite desta sexta-feira (29) com um carro furtado, na Rodovia Presidente Dutra, em Jacareí, no interior de SP. Além dele, um outro homem, de 37 anos, também foi detido.
A prisão aconteceu após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na altura do pedágio de Jacareí.
A PRF identificou que a placa do carro constava como inválida no sistema. Em vistoria no veículo, os policiais notaram vários pontos suspeitos de adulteração, como vidros, chassi e motor e descobriram que o veículo havia sido furtado no dia 13 de setembro, em Guarulhos (SP). Os dois ocupantes foram presos.
Segundo o boletim de ocorrência, um dos detidos é Weverton Angélico Martins, que afirmou ser pastor da Igreja Pentecostal ‘Eu tenho um chamado’, em Pocrane (MG).
Em depoimento à polícia, Weverton afirmou que foi ao aniversário de um fiel na última terça-feira, em Curitiba (PR), e que, chegando lá, foi presenteado pelo aniversariante com um carro avaliado em R$ 62,5 mil.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o pastor disse que não sabe dirigir e, por isso, pediu ajuda ao amigo, Vinicius Ribeiro Marques. Vinicius então foi para Curitiba buscar o carro e, na volta, os dois foram presos durante a abordagem em Jacareí.
A distância entre Curitiba e Pocrane, onde o pastor preside uma igreja, é de cerca de 1.300 quilômetros – trajeto que leva, em média, 18 horas de carro.
Os dois foram presos e levados para delegacia em Jacareí, onde foi registrado o boletim de ocorrência por receptação e adulteração de identificador de veículos.
O registro da ocorrência apontou que o crime é considerado inafiançável na esfera policial e a dupla foi encaminhada ao centro de triagem.
O g1 entrou em contato com a família de Weverton e com a igreja presidida por ele, que negaram as acusações. A reportagem segue tentando contato com a defesa de Vinicius.
Neste sábado (30), a Justiça concedeu liberdade provisória à dupla, após audiência de custódia realizada em Jacareí. Segundo o Tribunal de Justiça de SP, os dois foram soltos, mas tiveram fixadas algumas medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo, além da proibição de os dois se ausentarem da comarca por mais de oito dias sem autorização prévia.