O óleo diesel deixará de ter isenção de impostos federais, de forma gradual, a partir de setembro deste ano. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
De acordo com o cronograma apresentado, dos R$ 0,35 de isenção de impostos que o combustível recebeu, R$ 0,11 serão recompostos em setembro e o restante voltará a ser cobrado em janeiro de 2024.
A medida foi tomada para que o governo Lula faça frente ao programa de incentivos para baratear o preço de carros populares, ônibus e caminhões. Ou seja, a conta vai chegar através dos combustíveis.
Estima-se que o Governo Federal tenha que levantar R$ 1,5 bilhão para “pagar” o barateamento dos veículos.
No anúncio, que contou ainda com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), foi apresentada a ideia de dar descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil para os veículos que cumprirem os requisitos ambientais estipulados pelo governo, pelos próximos 4 meses.
A recomposição gradual é uma forma de controlar o impacto do aumento sobre a inflação, explicou o ministro, que vê a possibilidade de o Banco Central ter margem para abaixar a taxa de juros do país.
“Isso vai colaborar para tirar pressão inflacionária de 2024, o que é bom para a autoridade monetária, que tem horizonte mais longo [para eventual redução de juros]”, justificou Haddad.
A desoneração do óleo diesel foi aprovada em março de 2022, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
(Com informações da CNN Brasil).