ONU alerta para risco de fome em 16 países da África e Ásia

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) acende um alerta global sobre a fome. De acordo com o levantamento, milhões de pessoas em 16 países da África e da Ásia podem enfrentar fome ou o risco de escassez alimentar. Os dados foram compilados pelo órgão da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).O documento destaca uma situação crítica de insegurança alimentar aguda, revelando que a população desses locais corre o risco iminente de se tornar vítima da fome.

Segundo o relatório, os países que enfrentam a situação mais crítica são:

– Haiti

– Mali

– Palestina

– Sudão

– Sudão do Sul

– Iêmen

Nessas nações, a população enfrenta um risco iminente de fome catastrófica. Além destes, outros países são considerados de “muito alta preocupação”, incluindo Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, Nigéria, Somália e Síria.

Causas e soluções

O relatório aponta que conflitos e violência são os principais motores da crise alimentar. Para o advogado Ariel de Castro Alves, membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB, a melhoria do cenário depende de diversos fatores. “Primeiro, resolver esses problemas das guerras e dos conflitos armados em vários países do mundo, que acabam gerando as migrações, as situações de famílias de refugiados”, afirma.

Alves também ressalta a importância do controle da inflação nos países que vivem crises econômicas e sociais. Ele sugere a implementação de programas para gerar renda para as famílias, como o Bolsa Família, e iniciativas como bancos de alimentos e cozinhas comunitárias.

Apelo por cooperação internacional

A diretora executiva do PMA, Cindy McCain, afirmou que o mundo está à beira de uma catástrofe de fome que é “completamente evitável”. Diante disso, Ariel de Castro Alves reforça a necessidade de cooperação entre todas as nações para evitar a fome mundial. Ele destaca que o Brasil, por exemplo, possui muitos recursos naturais e alimentares, e que o desperdício de alimentos, principalmente pelos setores mais ricos, agrava a situação enquanto muitas pessoas passam fome.

O relatório também alerta que o financiamento da ajuda humanitária é insuficiente. Dos US$ 29 bilhões necessários para prestar assistência às populações mais necessitadas, apenas US$ 10,5 bilhões foram recebidos, o que coloca a ajuda alimentar aos refugiados à beira do colapso.

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