Com calor de Cuiabá registrando até 43ºC nos últimos dias, a energia está sobrecarregando redes elétricas. De acordo com a Energisa, Mato Grosso registrou, em agosto, a maior carga já medida em 23 anos, chegando ao pico de 2.2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano. Desde agosto, já foram substituídos 180 transformadores de distribuição, que ficam nos postes e atendem ruas e parte de comunidades. Esse total é 74% maior do que o mesmo período no ano passado e a principal causa é o calor.
Para se ter uma ideia, em 2020 quando o estado enfrentou a maior seca em 60 anos e uma onda de queimadas que devastou o Pantanal, o maior pico de consumo de energia foi registrado em outubro, com 2.0 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano.
“Já está claro que em setembro e outubro de 2023 nós vamos ter novos recordes de demanda por energia. E isso está diretamente ligado às altas temperaturas. Em junho nós montamos um comitê de crise por conta do El Niño e temos alertado a sociedade sobre esse fenômeno’’, destacou o gerente de operações da Energisa, José Nelson Quadrado Júnior.
Nesta terça-feira (26), Cuiabá foi considerada a cidade mais quente do Brasil, de acordo com o site HotCities, registrando 43,8ºC e sensação térmica de 44ºC.
Segundo a Energisa, equipes estão fazendo uma força-tarefa para troca dos equipamentos, atuando 24 horas, de segunda a domingo, até mesmo nos horários de pico de calor, quando os eletricistas sentem mais a temperatura. Companhia reforça aos clientes impactados que façam o acionamento via canais de atendimento pelo call center: 0800 646 4196.
Na noite dessa segunda-feira (25), os termômetros marcavam 36ºC às 19h na Capital. Vinte e um transformadores pararam de funcionar por pico de carga. Os maiores problemas foram gerados em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.