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Má alimentação e sedentárismo prejudicam a qualidade do sono, diz médico

Dormir parece algo banal e automático, afinal nosso corpo é preparado para o descanso. Porém, para muitas pessoas ir para a cama e usufruir de uma boa noite de sono é um “acontecimento” na rotina. Essa dificuldade impulsionou o aumento no uso de substâncias que auxiliam no repouso, como a melatonina. Mas o consumo indiscriminado é prejudicial ao organismo. O médico otorrinolaringologista Anderson Santos Botti explica que mudança de hábitos já ajudam muito na melhora do sono.

“O primeiro passo para se ter um sono de qualidade é realizar atividades físicas durante o dia. As pessoas procuram a maneira mais fácil e artificial de ter sono e de acordar melhor, mas esquecem do básico, que é realizar atividade física e ter uma boa alimentação”, destaca.

O médico pontua que a atividade física exige rotina, disciplina, constância e o resultado não é rápido. “Fazer atividades ajudam principalmente pacientes que possuem apneia do sono, obesidade, síndrome metabólica e a insônia”, enumera.

Conforme dados do Instituto de Psiquiatria Paulista, as principais causas da insônia estão ligadas à ansiedade, uso de telas, estresse e a cafeína que, além do café, está presente em medicamentos, refrigerantes e achocolatados.

O instituto orienta que as melhores formas de melhorar a qualidade do sono é estipular um horário para dormir, criar um ambiente tranquilo, mantendo seu quarto fresco, escuro e silencioso, evitar sonecas durante o dia e diminuir as preocupações durante o sono, o famoso “cabeça cheia”.

Outro fator determinante para dormir melhor é manter uma alimentação saudável. Escolher refeições leves no jantar faz diferença. “Todos os alimentos leves, têm uma ingestão mais facilitada, melhoram a capacidade da entrada do sono. É claro que uma refeição muito pesada pode fazer alguns pacientes dormirem mais rápido, mas de má qualidade. Então, alimentos leves, saladas, grelhados, são muito melhores à noite e ajudam a você ter uma boa higiene do sono”, explica.

O médico alerta que ainda hoje, com tratamentos seguros que auxiliam no sono, muitas pessoas recorrem ao álcool para relaxar dormir. A medida é uma busca por solução imediata e perigosa. “Fazer uso de bebidas alcoólicas realmente pode facilitar a entrada do sono, só que as fases do sono não são de boa qualidade, isso porque o álcool em pequenas ou grandes doses prejudica no funcionamento do metabolismo, fazendo com que ele trabalhe ainda mais durante a noite”.

De uns anos para cá, o hormônio do sono passou a ser consumido e recomendados para pessoas que não possuem facilidade para dormir. Ele é produzido de forma natural pelo corpo organismo.

“Ele é liberado normalmente à noite e tem como gatilho a escuridão. Então, ambientes escuros e o período noturno, são mais favoráveis à liberação de melatonina. Atualmente, existe melatonina sintética de boa qualidade, ela era utilizada apenas por esportistas para melhorar a qualidade de sono e desempenho, mas hoje, tem sido usada como um facilitador de sono e com baixos efeitos colaterais e grande eficácia”, pontua o médico. No entanto, ele enfatiza que é necessária uma prescrição para consumo de maneira correta e orientação médica

Os remédios são ingeridos por pessoas que conseguem dormir em um primeiro momento, mas acordam diversas vezes durante a noite. Neste caso, o profissional explica que se faz necessário acompanhamento médico, pois o paciente pode estar sofrendo da apneia do sono.

“A doença mais comum que pode causar o sono fragmentado é a apneia do sono, momento que o paciente para de respirar por mais de 10 segundos, e faz com que a pessoa acorde muitas vezes à noite, causando uma sonolência”, relata.

Apesar de já ser conhecido que dificuldades para dormir pode estar relacionada a falta de atividade física, a má alimentação ou até mesmo a doenças crônicas, o recomendado para pessoas que sofrem de insônia frequente é sempre procurar um médico para conseguir um melhor diagnóstico para seu caso.

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