O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira (26) que o processo coletivo de indenização movido na Inglaterra para ressarcir as vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG) “não deu em nada” porque não era “factível”.
Lula afirmou que “o povo estava perdendo a fé e esperança de que as coisas iam acontecer” e disse que o acordo feito “foi muito difícil”, porque a Vale tinha um presidente que não tinha diálogo com o governo federal. “Quando aprendemos a negociar e temos responsabilidade, tem hora que temos que decidir, ou pego o passarinho que tenho na mão ou tento pegar dois e fico sem nenhum. Entendemos que o acordo, senão extraordinário do ponto de vista do merecimento de vocês, era excepcional, porque foi feito com muitas brigas, muitas contestações”, falou.
Afirmou também que é necessário administrar bem os recursos para evitar desvios: “Agora, somos nós, governo, e vocês, moradores da região, que estamos contando conta dos recursos, e precisamos aplicá-los da melhor forma possível, sem permitir que haja qualquer desvio ou qualquer atraso desse dinheiro”, disse.
O Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba será formado por 36 integrantes, divididos igualmente entre governo e sociedade civil. No evento, também foram assinados protocolos de intenção, como o que se refere ao centro de referência das águas de Governador Valadares (MG).
O objetivo do centro é de vigilância do território da Bacia do Rio Doce e promover saúde e fortalecimento das capacidades locais de resposta.