Rafael Silva de Oliveira, 24, foi condenado nesta quinta-feira (24), a 14 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado contra o colega Benedito Cardoso dos Santos, 44. Ambos discutiram por divergências políticas. Crime aconteceu em setembro de 2022, em um sítio em Confresa (1.160 km de Cuiabá). Ministério Público (MP) de Mato Grosso estuda a possibilidade de recorrer da sentença para aumentar a pena.
No dia do crime, réu e vítima estavam em um sítio. Na ocasião, Rafael Silva de Oliveira começou a defender o então presidente da República, Jair Bolsonaro, e a vítima falava sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após divergência de opinião, os dois começaram a discutir.
Nesse momento, Rafael conseguiu pegar uma faca e, após perseguir a vítima na propriedade, a atingiu pelas costas.
Segundo a promotora de justiça, Daniela Moreira Augusto, as 3 qualificadoras apresentadas na denúncia do MP foram acolhidas pelos jurados. Tribunal do júri entendeu que o crime ocorreu por motivo fútil, meio cruel e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima
“Aproveitando-se que ela se encontrava ferida e caída no solo, sem que pudesse oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes com a faca. Ao constatar que ela (a vítima) ainda estava viva, Rafael de Oliveira desferiu-lhe mais um golpe fazendo uso de outra arma branca (machado), revelando uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.
Preso, Rafael confessou o crime. Durante o julgamento, o réu manteve a confissão e voltou a dizer que não se arrependeu da prática do crime.