Deputado estadual Júlio Campos (União) criticou o governo Federal e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao comentar sobre as questões ambientais de Mato Grosso. Na avaliação dele, a gestora faz “vista grossa” em determinados assuntos de interesses do Estado. Entre eles, as licenças que o governo aguarda para começar as obras que prometem resolver os deslizamentos no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá).“A Marina Silva só sabe fazer palestra internacional, conferência e viajar para o mundo todo, até falando mal do Brasil. No entanto, para decidir os assuntos ambientais e ecológicos de Mato Grosso, ela faz vista grossa”, apontou durante entrevista à imprensa, no Salão Negro da Assembleia Legislativa, na quarta-feira (16).
Conforme noticiou , o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se comprometeram a liberar as licenças de obra no Portão do Inferno em 30 dias, após concluir a análise do projeto.Contudo, o parlamentar aponta que a situação já deveria ter sido resolvida. “Vocês não veem o caso da chapada, precisava tanto tempo o Ibama, ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente ficar estudando e não dá uma definição. Se não concorda tem que dar uma solução, mostre o caminho. É uma má vontade”, disse.Apesar da insatisfação, o deputado estadual Valdir Barranco (PT), que ficou encarregado por acompanhar o assunto em Brasília (DF), enfatiza que o pedido do Estado passa por uma análise técnica e não política. Portanto, não depende apenas do aval da ministra.Pantanal
Além da situação de Chapada, Júlio ainda pontuou que a União precisa unir esforços com o Estado para elaborar um plano de prevenção contra os incêndios que atingem o Pantanal mato-grossense anualmente. Na avaliação dele, o governo Federal “tem que tirar o pé do lodo”.“Este ano a seca começou muito mais cedo, sou pantaneiro, tenho fazendo no Pantanal e está realmente esturricado em pleno mês de maio. Já imaginou quando chegar agosto? Há essa preocupação, já conversamos com o comandante do Corpo de Bombeiros e com a Defesa Civil, visando uma cooperação de socorro”, acrescentou.