Em decisão publicada no Diário de Justiça de quinta-feira (21), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra negou mais um pedido de revogação da prisão preventiva de Alex Junior Brito Gomes, acusado de integrar um grupo criminoso que furtava carros de luxo de dentro de condomínios em Cuiabá e Várzea Grande. Os veículos iam para desmanche ou eram usados para golpes em plataforma de vendas.
O magistrado citou que a defesa de Alex, em abril deste ano, já havia pedido a revogação da prisão, o que foi negado, já que a Justiça entendeu que havia necessidade de fazer cessar sua atuação. Novamente Alex buscou o relaxamento da prisão ou substituição por medidas cautelares.
“De lá para cá, não houve qualquer alteração fática com atributo de ensejar eventual revogação da prisão do acusado em destaque, mormente porque ainda remanescem os requisitos da preventiva”, disse o juiz na decisão publicada no Diário de hoje (21).
Ele pontuou que a segregação cautelar é necessária para a garantia da ordem pública, principalmente considerando a reincidência de Alex e a gravidade dos crimes imputados.
“Malgrado não se impute ao réu crime praticado com violência ou grave ameaça, cuida-se, em tese, de integração à organização criminosa destinada à prática reiterada de furtos e roubos de veículos destinados ao desmanche ou utilizados em estelionatos digitais por meio da plataforma de vendas, evidenciando, portanto, a gravidade da ação e a necessidade de salvaguardar a ordem pública”.
O suspeito responde a outras duas ações penais, uma por furto qualificado, resistência e desobediência e outra por tentativa de furto de veículo. O juiz ainda justificou que, apesar de já ter se passado mais de um ano desde a prisão, a demora é justificada pela complexidade do processo, que possui inúmeros réus.
Com isso, o magistrado indeferiu o pedido de revogação da prisão.
Alex Junior Brito Gomes foi um dos alvos da Operação Tarântula, que identificou um esquema de furtos de carros em condomínios de luxo em Cuiabá e Várzea Grande.
Ele, supostamente, integrava a quadrilha com a função de produzir placas para os veículos furtados e chegou a ser preso em março de 2022 em posse de um Hyundai Creta, de propriedade de uma vítima de furto.