O senador Jayme Campos (União) cobrou, ontem, do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral o desbloqueio das contas de 43 empresas (34 delas de Mato Grosso), cujos proprietários apoiaram os protestos em Brasília, contra o resultado das eleições, enviando carretas e caminhões à capital federal para os manifestos.
O senador disse que admira e respeita o ministro do STF e presidente do TSE, mas criticou que tais decisões ocorram de forma monocrática e defende que o assunto dessa magnitude seja tratado no colegiado do STF e que Moraes reveja rapidamente a decisão de bloqueio das contas. Ele alertou que esses empresários geram milhares de empregos e estão em situação difícil em Mato Grosso. “Alguns, com certeza, vão até quebrar, porque quem fornece a eles, ou seja, o seu motorista, o seu trabalhador quer receber o seu salário no dia 30 e, hoje, estão impossibilitados”, declarou.
Em pronunciamento em plenário, o senador mato-grossense expôs que tem cobrado responsabilidade dos manifestantes quanto ao direito de ir e vir das pessoas, disse considerar os protestos democráticos por representarem, acima de tudo, “a demonstração de que todos nós temos o direito de liberdade de expressão”.
Jayme frisou que a decisão do ministro do STF aconteceu há 30 dias. “Por isso eu acho – eu, pessoalmente, na minha modesta opinião – que nós temos que fazer aqui, num termo bem chulo, um freio de arrumação” – disse o senador. “Confesso que, como cidadão brasileiro, eu tenho certeza do direito de externar minhas opiniões, sejam elas as que agradam ou desagradam – ele ponderou. Agora, agir da forma que está agindo, eu acho que nós temos que fazer algo”.