Uma alimentação balanceada deve estar baseada em consumo de alimentos saudáveis como legumes, verduras, frutas, carnes magras, entre outros, sempre considerando os aspectos culturais, sociais e práticas alimentares saudáveis. Portanto, um dos desafios em relação aos hábitos saudáveis está associado ao consumo de alimentos processados e ultraprocessados ( bolachas, biscoitos, guloseimas ), falta de atividades físicas, stress, sono irregular, etc .
A insegurança alimentar no que refere à falta dos alimentos (fome) ou excesso (obesidade) é problema de saúde pública que interfere na saúde da população. Estas questões foram abordadas na última semana durante palestra alusiva ao Dia Mundial da Saúde Alimentar (16 de outubro), na Secretaria Municipal de Saúde em Cuiabá. Na ocasião, cerca de 50 servidores participaram de palestra sobre “Não deixar ninguém para trás – melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor”, ministrada pela nutricionista Elaine Quinteiro.
Quinteiro fez uma explanação e lançou um convite aos participantes para se atentarem para um olhar diferenciado sobre os alimentos. “O equilíbrio e a moderação é que fazem a diferença em se tratando de alimentação. A combinação de alimentos e nutrientes depende de atitudes comportamentais. Entre as quais é preciso que cada indivíduo tenha autonomia nas escolhas alimentares e busque informações confiáveis sobre o que está sendo consumido, o que se põe a mesa”, explicou a nutricionista.
Entre os hábitos, o melhor é consumir alimentos in natura, que são aqueles obtidos sem nenhuma alteração e os minimamente processados. E evitar os ultraprocessados.
“Muito relevante e oportuna a abordagem sobre assunto. A alimentação saudável está associada ao bem estar do servidor, a saúde mental, ao biótipo. Quando ouvimos sobre isso temos uma ideia que remete a restrição de alimentos. Mas não, o que vimos foi que os cuidados são em relação à produção, quanto mais natural melhor, ou seja, livres de processamentos. E, sempre que formos adquirir alimentos, estar atentos ao rótulo, que também nos ensinam muito quanto ao que estaremos consumindo”, pontuou a psicóloga da SESMT, Jéssika Karoliny Ostelony, ao ser questionada sobre a palestra.
Para a técnica da Atenção Primária da SMS, Rafaela Sacal de Queiroz, o alívio foi saber que não é preciso passar vontade de comer os alimentos. “Não precisa você se privar de comer, mas comer com moderação. Se você faz uso de alimentos saudáveis não estará impedido de em uma festinha comemorativa comer alguma guloseima. Além disso, comer bem levando em consideração os hábitos saudáveis, automaticamente se atinge o objetivo da perda de peso, pois muitos dos alimentos processados e ultraprocessados contribuem diretamente para o acúmulo de calorias”, ponderou ela.
Um cardápio com alimentos saudáveis foi servido no encerramento da palestra para estimular os participantes a consumirem alimentos menos processados, com mais frutas e verduras, por exemplo. Segundo pesquisas mencionadas na explanação, a boa alimentação tem um papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças, bem como efeitos positivos no bem-estar físico e mental das pessoas. “Por outro lado, há entre nossos colaboradores pessoas hipertensas, diabéticas, sedentárias e com sobrepeso.
A palestra teve como foco estimular novas atitudes alimentares e contribuir com a melhoria da saúde. Antigamente as pessoas cozinhavam mais, se reinventavam na elaboração de pratos e isso era passado de geração a geração. Hoje, a cultura apregoada entre os mais novos é de comprar tudo pronto. É preciso mudar os hábitos”, lembrou a responsável técnica Laura Vicuña Botelho dos Santos.