Juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Petrusilandio Machado e Félix da Silva Aguiar a 55 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e roubo contra a empresa Brinks. Ambos estavam envolvidos em atentados e roubo em Confresa, em abril de 2023.
A sentença foi publicada no Diário de Justiça de Mato Grosso desta quinta-feira (12). Eles foram absolvidos dos crimes de roubo contra as vítimas N.B.C. e W.G.C., assim como dos crimes de dano e incêndio, e disparo e posse de arma de fogo.
Entretanto, o magistrado os condenou por organização criminosa e roubo. Na decisão, ele citou os prejuízos que os bandidos causaram à população de Confresa no dia dos fatos.
“O crime em comento trouxe consequências muito deletérias, não só a empresa vitimada que ficou com sede ou subsede praticamente destruída, como também para toda a comunidade confrensense que foi submetida a um estado de caos e de pânico. Foi ainda possível verificar, principalmente através da prova técnica, um verdadeiro propósito destruidor, inclusive de sede e veículo de forças de segurança”.
Com isso, o juiz condenou Petrusilandio e Felix a 27 anos e 10 meses de prisão cada um, em regime fechado. O magistrado ainda negou aos bandidos o direito de recorrer em liberdade.
O caso
Ação criminosa iniciou com o cercamento da base da Polícia Militar no fim da tarde do dia 9 de abril. Os ataques ocorreram de forma coordenada em diversos pontos da cidade. Os bandidos, fortemente armados, incendiaram veículos e efetuaram disparos em diversos pontos do município.
Um carro do Corpo de Bombeiros foi alvo de disparos do bando, que circulou por vários pontos da cidade usando automóveis blindados. Conforme apurado, o bando pretendia roubar entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em cofres da empresa. Porém, eles falharam no arrombamento e 6 deles acabaram morrendo em confrontos com a polícia.