Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues, acusado de atuar em um esquema criminoso de solicitações de vantagens indevidas na Delegacia de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte), foi afastado de seu cargo pela delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Silveira Maidel. Apesar disso, ele continuará recebendo o salário.
A portaria assinada pela delegada-geral foi publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso desta segunda-feira (3). Consta que Geordan foi afastado “por motivos de prisão flagrante ou preventiva com ônus”. O afastamento passou a contar desde o último dia 17 de abril (dia em que ele foi preso) e não tem data para ser encerrado.
Geordan foi solto pela Justiça no mês de maio, sendo impostas algumas medidas cautelares como afastamento das funções de delegado, a suspensão da posse e porte de arma de fogo, proibição de comparecer a qualquer delegacia do Norte do estado ou manter contato com os servidores, uso de tornozeleira eletrônica e suspensão de passaporte.
Operação Diaphthora
O delegado e o investigador Marcos Paulo Angeli foram alvos da Operação Diaphthora, que apurou um esquema criminoso de solicitações de vantagens indevidas.
Eles foram acusados de atuar favorecendo andamentos de procedimentos criminais, assim como na liberação de veículos e na realocação de presos na unidade. Eles teriam, por exemplo, lucrado R$ 9 mil com um pagamento de fiança e teriam cobrado R$ 15 mil para liberar um veículo objeto de um golpe.
A operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva, 7 de busca e apreensão e 3 medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa.
