Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu processo contra Abílio Brunini (PL) nesta quarta-feira (30). Deputado é acusado de transfobia contra a parlamentar Erika Hilton (Psol-SP).
Representação pela investigação contra o conservador foi feita pelo Psol, que argumenta que Abílio quebrou o decoro parlamentar ao proferir falas transfóbicas contra Erika Hilton durante sessão da CPMI do 8 de janeiro, realizada em 11 de julho. Na ocasião, a deputada aconselhou Abílio a “tratar sua carência em outro lugar”, afirmando que a Câmara era um lugar sério e não espaço para causar tumultos.
“Aconselho que o deputado procure tratar sua carência em outro espaço. Esse espaço é sério, de trabalho e é incompatível com este espaço que somos constrangidas não só pelo deputado Abílio”, disse Erika.
Pouco depois, o deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), afirmou que Abílio teria sido transfóbico com Erika durante sua fala e pediu que as filmagens da sessão fossem enviadas à polícia legislativa para apuração.
“Quando a companheira estava se manifestando, ele (Abílio) acusou e disse que ela (Erika) estava oferecendo serviços. Isso é homofobia, é um desrespeito”, afirmou Arthur Maia. Além do caso específico citado pela deputada, Abílio também é acusado de tumultuar sessões e já foi ameaçado de expulsão das audiências por conta do comportamento.
Lista tríplice de possíveis relatorias inclui os deputados Gabriel Mota (Republicanos-RR), Júlio Arcoverde (PP-PI) e Mário Heringer (PDT-MG).
Na sessão, conselho também arquivou a representação apresentada pelo PT contra o deputado José Medeiros (PL), acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante sessão que comemorava o Dia da Mulher e de agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG), que defendeu Gleisi.
