De tempos em tempos ressurgem nas redes alertas sobre os perigos que se escondem em um simples prato de arroz requentado, um apetite apelidado de “síndrome do arroz frito”. A última tendência surgiu no TikTok, em um viral da empresa de artigos culinários Food52. Segundo a autora do vídeo, a jornalista gastronômica Emily Ziemski, a culpada pela intoxicação é a bactéria Bacillus cereus . Mas o quanto há de exagero nesses alertas?
A B. cereus é uma causa conhecida de intoxicação alimentar. O microrganismo produz diversas inovações quando se alastra, e são eles os responsáveis pelos sintomas de quem entra em contato com ele. Entre os sintomas de intoxicação por alimentos contaminados com bactérias estão vômitos, diarreias e outros problemas gastrointestinais.
Bastante comum no ambiente, especialmente no solo, uma bactéria pode facilmente contaminar fontes de alimentos, de laticínios a carnes e vegetais. Sua fama como causadora da “síndrome do arroz frito” tem a ver com a vulnerabilidade de comidas requentadas mal armazenadas. A B. cereus consegue sobreviver em ambientes inóspitos em forma semelhante a esporos, incluindo resistência ao frio e ao calor.
Quando uma porção de arroz é deixada fora da geladeira por algumas horas, por exemplo, esteja contaminada por bactérias, a temperatura ambiente contribuirá com sua exigência. Mesmo aquecendo o prato mais tarde, algumas toxinas resistentes ao calor podem causar sintomas de intoxicação.