Mauro frisa gravidade de denúncia e cobra reunião com Abilio e Roveri

O governador Mauro Mendes (União) pediu que o prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), se reúna com o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), César Roveri, para apresentar a denúncia formal sobre envolvimento do Comando Vermelho com vereadores. Abilio fez acusações de que a facção estaria interferindo na disputa da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, porém não demonstrou comprovações sobre a denúncia.

“Vou pedir para o nosso secretário de Segurança que convide o prefeito eleito para uma conversa sobre esse assunto. É muito grave o que ele falou. A ousadia dos criminosos no Brasil não está assustando mais ninguém”, disse Mendes nesta sexta-feira (8) em conversa com a imprensa. O chefe do Executivo estadual afirmou que o tema não seria novidade, já que o crime organizado vem avançando nos últimos anos para dentro do Estado.

“A primeira providência será uma agenda para se reunir e conversar sobre esse assunto. Não é novidade e não é só aqui em Cuiabá, é no Brasil inteiro que está acontecendo isso e nós precisamos tomar providências a altura do que o fato requer”, completou. A declaração ocorre após o prefeito eleito ter afirmado que o Comando Vermelho estaria financiando uma das candidaturas à presidência da Câmara, com R$ 200 mil por voto.

“Provas a gente já está juntando. O que a gente está aguardando é ter elas consolidadas e a gente está acompanhando, está monitorando esse processo para gente fazer a representação correta. Porque fazer uma representação superficial a gente não pode fazer.  Mas eu já estou avisando publicamente sobre o fato para aqueles que estão praticando ficarem atentos que nós vamos mexer com isso, nós não vamos deixar isso barato, não”, disse Abilio ontem (7).

Mesmo sem citar nomes, Abilio acusa indiretamente o vereador Jeferson Siqueira (PSD), já que ele entrou na disputa.   A declaração também é uma estratégia de Abilio para interferir na disputa da Mesa Diretora usando a força da máquina municipal, que assume a partir de 1º de janeiro.

Ao indicar a vereadora eleita Paula Calil (PL) para presidente, ele chegou a oferecer uma secretaria para a vereadora Maysa Leão (Republicanos) retirar o seu nome da disputa, já que ela é uma forte candidata ao comando da Câmara.

As acusações de Abilio tem constrangido os vereadores e colocando a opinião pública contra uma possível oposição à sua gestão.

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