Câncer de próstata mata 141 homens em 8 meses de 2024

O câncer de próstata tirou a vida de 141 homens de janeiro a outubro de 2024 em Mato Grosso, como mostra dados do Tabnet DataSUS – Painel de Oncologia. O cenário é alarmante diante da doença silenciosa, que, muitas vezes, se manifesta já em estado avançado.

Em entrevista , o médico urologista Thiago Teixeira explicou que muitos pacientes são assintomáticos ou não apresentam os sintomas específicos, o que pode prejudicar o diagnóstico e o tratamento precoce.

Thiago Teixeira - Urologista

“Em estágios iniciais, o câncer de próstata geralmente é assintomático e se manifesta somente com o avanço e crescimento do tumor, por isso é importante estar atento e com exames em dias, pois o diagnóstico precoce garante mais chances de cura”, explicou.

 

O câncer de próstata pode estar relacionado ao histórico familiar, fator idade, obesidade e também a cor, pois estudos mostram maior incidência em homens negros. Os sintomas variam de dificuldade para urinar, desconforto na pelve e até  dores ósseas, especialmente na coluna, quadril ou costelas nos casos mais avançados.

O diagnóstico é feito por meio do exame de toque retal, seguido do exame de sangue e posteriormente de imagens e biópsia. De acordo com o médico, não há uma forma precisa de prevenção, mas alguns cuidados podem reduzir o risco da doença.

“Alimentação saudável com uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais, pratica de exercício físico para controlar o peso e principalmente a realização dos check-ups”, recomendou.

Tratamento

O urologista explica que há tratamentos específicos para cada estágio da doença.

Câncer localizado: pode incluir vigilância ativa, cirurgia (prostatectomia radical com cirurgia minimamente invasiva robótica) ou radioterapia.

Câncer localmente avançado: além da cirurgia ou radioterapia, pode envolver terapia hormonal para reduzir os níveis de testosterona, que alimenta o crescimento do tumor.

Câncer metastático: a abordagem inclui terapia hormonal e, muitas vezes, quimioterapia ou terapia de nova geração, como a terapia de privação androgênica e inibidores específicos.

Compartilhar

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Imprimir

últimas Notícias