Blairo critica postura de Bolsonaro na área ambiental e crê que Lula vai recuperar imagem

Ex-governador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi disse confiar que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá recuperar a imagem do Brasil no cenário internacional, com relação às questões ambientais. Segundo ele, o projeção do país no exterior quando aos assuntos ambientais foi prejudicada com o posicionamento do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Blairo disse que o setor agrícola sofreu com a postura do chefe do Planalto, apesar de que não houve mudança de legislação que justificasse o prejuízo.

Ele foi entrevistado pelo Brazil Journal, que veio a Cuiabá. Blairo iniciou a conversa explicando o motivo de estar afastado da política já há 4 anos. Disse que no início de sua carreira política buscou este meio porque viu uma necessidade de integrar o setor político com o econômico e fazer com que o agronegócio também recebesse mais atenção do poder público.

“Fiquei dois mandatos, era para ter ficado um só, e conseguimos realizar várias coisas, fazer com que essa mudança acontecesse, essa integração do próprio Estado de Mato Grosso. Havia, na época, uma discussão muito grande de se criar um novo estado, uma separação do Norte de Mato Grosso com o Sul de Mato Grosso, porque não havia essa integração política e econômica, com a minha chegada a gente conseguiu mudar isso e hoje não se fala em nova separação”.

Também afirmou que, quando foi disputar a eleição para o Senado, sua vontade já era deixar a política, mas as condições acabaram o levando por este caminho. Ele avisou seus aliados que em 2018 voltaria a cuidar de sua empresa e de sua família, e assim o fez.

Na entrevista o ex-governador também avaliou o desempenho de Bolsonaro na presidência, os reflexos disso no agronegócio e disse que o atual chefe do Executivo errou em seu discurso.

“O maior erro do governo do presidente Bolsonaro, e aí prejudicou muito o setor agrícola, é a questão ambiental. […] eu faria até uma defesa do Governo aqui, não houve nenhuma mudança de legislação importante que pudesse aguçar a percepção de fora para as coisas que deveriam acontecer, o que houve foi um discurso diferente”.

Ainda lembrou que quando foi ministro no governo de Michel Temer ele e sua equipe sabiam o que o mundo queria e tentavam se posicionar com o setor agrícola dentro da necessidade ambiental.

“Quando trocou o governo, eles fizeram o contrário, fizeram um confronto com o mercado internacional, com as ONGs e se perdeu esse ‘acordo’, essa ‘conversa’ de mudanças necessárias para que pudesse fazer as coisas avançarem. Então eu diria que o maior erro, onde mais me afetou no setor agrícola, foi na questão da discussão ambiental que, mais uma vez, não foi por mudanças efetivas, mas pelo posicionamento”.

Porém, o ex-governador acredita que o próximo governo de Lula deve recuperar a credibilidade do Brasil com rapidez, pelos posicionamentos que já tem dado.

“Com a velocidade que nós perdemos esse respaldo internacional, a gente vai reconquistar agora com o novo governo porque o presidente Lula já declarou ‘vou me preocupar com as pautas ambientais, as mudanças climáticas são importantes, tenho que estar inserido dentro disso’, então quer dizer, você deixa de remar contra a correnteza e passa a nadar a favor da correnteza, e isso para mim é importante”.

Com relação aos boatos alarmantes de que o próximo governo, por “ser mais de esquerda”, deve prejudicar o setor e permitir mais invasões de terras, Blairo lembrou que este medo já existia em 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez, e não acredita que algo do tipo acontecerá agora.

“Eu acho que está mais viva na memória dos produtores do que dentro da política destes partidos. É um fantasma, eu vi nessa eleição o que correu de notícias, parece que o Brasil está virando uma grande invasão nos últimos dias, então é natural entender, temos que entender isso, que o medo que se põe nas pessoas faz com que elas tenham um tipo de reação. Nós estávamos em uma disputa política, espero que isso tenha passado e a gente volte à normalidade”.

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