Alta do dólar e nova tarifa dos EUA à China impulsionam preço da soja no Brasil

Os preços domésticos da soja registraram alta na última semana, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O movimento foi impulsionado principalmente pela retração dos produtores, que reduziram o volume de vendas no mercado interno, aguardando melhores condições de negociação.

Segundo o Cepea, os sojicultores têm acompanhado com atenção a valorização do dólar frente ao Real, fator que torna a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional em comparação ao grão norte-americano. Além disso, a demanda externa aquecida e as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos à China, que entram em vigor em novembro, aumentam a expectativa de que o Brasil amplie suas exportações para o país asiático.

No entanto, pesquisadores explicam que esse mesmo contexto internacional acabou pressionando as cotações futuras da soja nos EUA, e as desvalorizações externas limitaram o avanço dos preços no mercado brasileiro. Mesmo assim, o cenário cambial e comercial mantém o produto em patamar firme nas principais praças do País.

Quanto à safra brasileira 2025/26, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima um aumento de 3,6% na área cultivada, que deve atingir 49,07 milhões de hectares, novo recorde histórico. A expansão é atribuída, principalmente, à substituição de áreas de arroz pela soja, devido à melhor rentabilidade esperada da oleaginosa. A produção nacional está projetada em 177,6 milhões de toneladas, reforçando a liderança do Brasil como maior produtor e exportador global do grão.

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