
A Arquidiocese de Curitiba deixou claro que igreja não é palanque político e barrou qualquer tentativa de transformar templos católicos em palco de vigília para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. A orientação partiu diretamente do arcebispo metropolitano, Dom José Antônio Peruzzo, e foi enviada a todos os padres da capital depois que começou a circular a informação de que a Igreja São Francisco de Paula, no Centro, poderia abrigar um ato pró-Bolsonaro.
O caso ganhou repercussão quando grupos bolsonaristas convocaram simpatizantes para um encontro na noite desta terça-feira (25), às 19h30, dentro da própria igreja. Eles queriam realizar uma “vigília” em apoio a Bolsonaro, que está preso preventivamente desde sábado (22) — detido após tentar violar a tornozeleira eletrônica que usava durante o período de prisão domiciliar. A Polícia Federal informou que o equipamento era justamente o que impedia qualquer tentativa de fuga enquanto o ex-presidente esperava decisões da Justiça.
Com o convite circulando pelas redes, a Arquidiocese reafirmou que templos religiosos não são e nunca serão redutos de campanha, seja de direita, esquerda ou qualquer outra bandeira. A posição segue as próprias normas da Igreja Católica, que determinam que os espaços de fé devem ser preservados como locais de oração, liturgia e atividades pastorais e não como palco para movimentos políticos que tentam usar a religião como escudo.


