Grávida, uma criança de dois anos e 5 trabalhadores foram resgatados de um ambiente de serviço insalubre com condições análogas à escravidão. Resgate foi feito por auditores-fiscais em Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá).
Ação se deu no último dia 10, mas divulgação do procedimento foi realizada nesta terça-feira (22). Informações apontam que a mulher está grávida de 6 meses e que todos estavam submetidos a condições degradantes.
“Eles dormiam em colchões em mal estado de conservação no chão, apoiados apenas sob tábuas e blocos de construção, uma vez que não havia camas no dormitório. O alojamento improvisado apresentava instalações elétricas irregulares com fiação exposta em todos os cômodos”, afirmou equipe.
Falta de estrutura no local fazia com que, muitas vezes, diversos animais como cobras, escorpiões e morcegos entrassem no local onde os resgatados dormiam. Alimentação era igualmente desumana, uma vez que para comer as pessoas utilizavam sal de cozinha destinado ao trato do gado para tempero.
“O local onde pernoitavam os trabalhadores ainda era utilizado para armazenar materiais de construção, o que contribuía para a falta de higiene e o aparecimento de animais. A alimentação era insuficiente e de baixa qualidade, era utilizado sal para trato com gado e na preparação das refeições”.
Cidadãos foram levados ao local para trabalharem em uma construção e não tiveram carteira assinada pelo empregador. Um dos homens é do Maranhão e recebeu passagens de volta para seu estado natal após o resgate.
Após a ação de resgate, os trabalhadores retornaram à Cuiabá e foi exigido o pagamento das verbas rescisórias pela empresa responsável, no valor total de R$ 30.710,00, como também foi liberado o seguro-desemprego para os trabalhadores resgatados.
A equipe do Projeto Ação Integrada fez o atendimento inicial dos trabalhadores para que sejam incluídos em ações de capacitação e qualificação que vão reduzir a vulnerabilidade e a suscetibilidade dos trabalhadores a outros episódios de exploração.
