Mauro e demais governadores se reúnem com Lula e defende que é preciso “agir no DNA da violência”

O governador Mauro Mendes (União) afirmou, hoje, que é necessário agir “no DNA da violência” para impedir a ocorrência de novos ataques e ações violentas em escolas, como os ocorridos em Blumenau (SC), há poucas semanas. Ele participou da reunião com o presidente Lula, demais governadores e presidentes de poderes para discutir novas medidas de prevenção à violência nas unidades escolares.

“Milhões de brasileiros tem filhos, netos, sobrinhos, irmãos nas escolas brasileiras. Quase 250 mil escolas nesse país vivem um momento de angústia. Se só reagirmos por impulso, que é da cultura brasileira, talvez não consigamos construir medidas perenes”, manifestou o governador mato-grossense.

Para Mauro Mendes, a violência tem raízes profundas e é preciso combater as causas do problema para que haja uma mudança efetiva no panorama da Segurança Pública brasileira, “cujos índices têm piorado historicamente nos últimos 30 anos”. “A violência nasce na desigualdade, se alimenta de um sistema judiciário que é lento pelo grande número de processos que temos, pelas leis que não refletem a realidade para combatermos com eficiência e que se retroalimenta de um sistema penitenciário que em todo o Brasil é chamado de sistema de ressocialização, e que na prática se tornou um sistema de requalificação para o crime”, citou.

Mauro citou a expansão das facções criminosas e o aumento de crimes contra a vida, praticados por motivos fúteis, como reflexos da violência estrutural que assola o país e que agora assombra a comunidade escolar. O governador defendeu a importância de reforçar a segurança nas escolas, mas apontou que o panorama só irá ser revertido se as instituições atacarem a raiz do problema.

“Não dá pra fazer uma corrida de detector de metal e transformar o detector de metal no novo respirador da pandemia. Colocar muros, policiais, é uma iniciativa que tem sido feita por muitos. Mas temos que agir no DNA da violência do nosso país e fazer com que possamos desestruturar as causas que estão trazendo estas graves consequências”, declarou.

Em Mato Grosso, o governo do Estado já tomou diversas providências, como a instalação de 5,5 mil câmeras de monitoramento, botão do pânico, aumento das rondas ostensivas, central para denúncias e trabalho integrado para monitorar e prevenir possíveis ameaças.

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