O deputado estadual Wilson Santos (PSD) criticou o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Mato Grosso por, segundo ele, fazer “vista grossa” na fiscalização do preço dos combustíveis. O parlamentar anunciou que irá solicitar a presença da diretoria do órgão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para prestar esclarecimentos.”O Procon tem que ser investigado. Eu estive em São Paulo recentemente, lá R$ 3,70, 3,80 o etanol em São Paulo. [Acho que o Procon está fazendo vista grossa]… Os postos realmente praticam o mesmo valor, até os centavos são iguais. O Procon tem que se explicar. A Assembleia pode fiscalizar, o Ministério Público pode cobrar, eu vou cobrar. Vou cobrar a presença da diretora ou do diretor do Procon, para ir à Assembleia explicar. Por que é isso? Tudo casadinho”, afirmou em entrevista à Rádio Capital FM.
De acordo com o parlamentar, a situação se torna ainda mais contraditória pelo fato de Mato Grosso ser um grande produtor do biocombustível. “Mato Grosso é autossuficiente ou mais. É exportador de etanol. Nós temos hoje 6 grandes usinas produzindo etanol de milho e 6 usinas sendo construídas. Explodiu a industrialização do milho em Mato Grosso. Então, não dá para aceitar que em São Paulo o etanol seja 40% mais barato do que aqui, que é um estado altamente produtor”, ressaltou.O deputado ainda lembrou que, em 2019, a Casa de Leis realizou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar sonegação em diversos setores, com destaque para os combustíveis. Segundo ele, o setor é um dos que mais sonegam tributos ao Estado.“Todos esses setores sonegam muito. Mas o setor que mais sonega é o setor de combustíveis. E dentro do setor de combustíveis, gás, diesel, gasolina e etanol, 80% de toda sonegação está no etanol”, disse.
