Uma mulher morre e outra tem aorta rompida após terem orgasmo durante o sexo

Duas mulheres sofreram graves consequências médicas após atingirem o orgasmo durante relações sexuais, em episódios distintos que chamaram a atenção da comunidade científica. Os casos ocorreram na Sérvia e nos Estados Unidos e envolvem condições cardiovasculares pré-existentes que evoluíram para situações críticas e, em um dos episódios, fatais.

No primeiro caso, uma mulher de 39 anos foi encontrada morta em seu apartamento em Belgrado, capital da Sérvia. De acordo com estudo divulgado pela plataforma científica LiveScience, a vítima sofreu a ruptura de um aneurisma cerebral no momento do orgasmo. A autópsia revelou hemorragia subaracnóidea provocada pela ruptura de um aneurisma sacular de 11 milímetros, conhecido como “aneurisma em baga”.

O relatório médico aponta que a mulher, que fazia uso contínuo de medicamentos para controle da hipertensão, foi encontrada parcialmente coberta no sofá da sala, com indícios de que se masturbava quando sofreu o colapso. Médicos explicam que o pico de pressão arterial causado pelo esforço físico do orgasmo pode ter sido o gatilho para a ruptura do aneurisma. “O sangue liberado pelo rompimento pode matar células cerebrais, aumentar a pressão intracraniana e interromper o fluxo de oxigênio ao cérebro, levando à morte”, detalha o documento.

Já o segundo caso, publicado na revista American Journal of Case Reports, ocorreu com uma mulher de 45 anos que teve a aorta — a maior artéria do corpo humano — rompida durante relações sexuais com o marido. A paciente relatou ter ouvido um estalo no tórax no momento do clímax, seguido por dores agudas que irradiavam para as costas, falta de ar e náuseas. A descrição da dor foi comparada a “facadas”.

Exames médicos constataram a presença de um hematoma intramural na aorta, uma condição conhecida como Síndrome Aórtica Aguda (SAA), caracterizada por sangramento na parede da artéria. Esta síndrome tem mortalidade que cresce 1% a cada hora sem tratamento e, em muitos casos, só é descoberta postumamente.

Apesar da gravidade, a paciente sobreviveu após intervenção cirúrgica de emergência e recebeu alta hospitalar em três dias. Os médicos destacaram que o caso é incomum por envolver uma mulher jovem, mas com histórico de fatores agravantes como hipertensão não controlada e 17 anos de tabagismo.

Estudos citados pela LiveScience indicam que mortes associadas a relações sexuais são extremamente raras, representando apenas 0,15% de cerca de 130 mil autópsias forenses analisadas. A maioria dessas vítimas é composta por homens mais velhos com problemas cardíacos prévios.

Especialistas alertam que a excitação sexual pode provocar aumento súbito da pressão arterial, o que representa risco para pessoas com aneurismas ou doenças cardiovasculares não tratadas. Ainda assim, casos como os descritos são exceções. “É importante compreender que, embora o sexo exija esforço físico, esses eventos são extremamente raros, especialmente em mulheres”, reforçam os médicos.

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