A bancada de direita de Mato Grosso saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na terça-feira (18), por liderar uma tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022. Deputados federais e o senador Wellington Fagundes (PL) se manifestaram contra a medida nas redes sociais.
Os deputados federais do PL Coronel Fernanda, José Medeiros, Nelson Barbudo e Rodrigo Da Zaeli, além do ex-PL Coronel Assis, hoje no União Brasil, demonstraram apoio ao ex-presidente.
O senador Wellington Fagundes repudiou a denúncia da PGR que, segundo ele, não possui “qualquer fundamento jurídico sólido” e visa “deslegitimar uma liderança legítima e amplamente respaldada por milhões de cidadãos”.
Líder da Bancada Feminina do PL no Congresso Nacional, a deputada Coronel Fernanda, por meio de nota, chamou a denúncia da PGR de “farsa, uma narrativa criada” para condenar o ex-presidente.
Já José Medeiros disse que “Bolsonaro é a pessoa mais perseguida pelo Estado da história do Brasil”, e se referiu à denúncia como “aberração histórica”.
Nelson Barbudo, nas redes sociais, condenou a ação da PGR como “perseguição” e afirmou se tratar de uma “narrativa fantasiosa” para tirar Bolsonaro das eleições presidenciais de 2026.
Os deputados Coronel Assis e Rodrigo Da Zaeli também chamaram a denúncia contra Bolsonaro de “perseguição política”.
O principal argumento dos bolsonaristas é que a denúncia da PGR é uma tentativa de tirar Bolsonaro do jogo político tendo em vista as eleições de 2026, onde, segundo pesquisas recentes, o ex-presidente venceria Lula em um possível segundo turno. Apesar das conjecturas, nada é concreto, pois o ex-presidente está inelegível até 2030.
Os crimes imputados a Bolsonaro pelo texto da PGR são: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, participação em organização criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, que está preso preventivamente.