‘Produtor rural não coloca fogo’, defende Mendes sobre queimadas

O governador Mauro Mendes (União) disse que não há como culpar produtores rurais pelos incêndios florestais, durante o Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no Malai Manso, em Chapada dos Guimarães (95 km de Cuiabá), nesta quinta-feira (12). As queimadas consomem o estado e cobrem de fumaça as cidades há meses.

A declaração foi dada quando o chefe do Executivo foi questionado se defenderia o confisco de terras de quem realizasse queimadas ilegais, assim como apelou a quem praticasse o desmatamento ilegal em Mato Grosso.“Precisamos ter um certo cuidado para defender o perdimento de terras a quem praticar queimadas. Seguramente, nenhum produtor rural coloca fogo na sua terra. Aquela massa seca que tem ali, é um patrimônio, é um ben. ‘Um dono de loja vai colocar fogo no seu estoque e dar risada?’. Aquela palhada seca faz parte do processo produtivo dele. Como vou penalizar um cara que já foi penalizado por um incêndio, muitas vezes causados por terceiros”, exemplificou.Mendes afirma que grandes parte dos incêndios são criminosos. Nesta quarta, o gestor também ilustrou que, em alguns casos, o fogo surge de reservas indígenas, justificando que os nativos utilizam as chamas de forma “cultural”.Para a imprensa, o chefe do Executivo ainda reforçou que a situação enfrentada por Mato Grosso é semelhante a que atinge outros países.“Os incêndios estão acontecendo no mundo inteiro, os Estados Unidos e a Europa também estão pegando fogo. Se for pra prejudicar a imagem, não seria só de Mato Grosso, seria do mundo inteiro”, disse.

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A força-tarefa é composta por Ministérios Públicos, Polícias Ambientais e órgãos de fiscalização de 11 estados brasileiros. A operação é coordenada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), por meio do Projeto Libertas, e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da organização Freeland Brasil e financiamento do Escritório de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei dos Estados Unidos (INL). [Continua depois da Publicidade] Além de Minas Gerais e Mato Grosso, participaram os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Bahia. Em Mato Grosso, a operação contou com o apoio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), da Polícia Militar Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em Cuiabá. Também foi cumprida uma ordem de busca e apreensão em Minas Gerais. [Continua depois da Publicidade] As investigações apontam que os animais em sua maioria aves dos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, algumas ameaçadas de extinção, são retirados ilegalmente da natureza e comercializados em feiras clandestinas e pontos de venda irregulares. Além do tráfico de fauna, foram identificados outros crimes associados, como receptação, falsificação de documentos, maus-tratos, organização criminosa e lavagem de dinheiro. “A participação do MPMT na Operação Libertas reafirma nosso compromisso com a proteção da biodiversidade e o enfrentamento rigoroso aos crimes ambientais. O tráfico de fauna silvestre é uma prática cruel que compromete o equilíbrio ecológico e alimenta redes criminosas”, destacou Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, promotora de Justiça titular da 15ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá. “A operação deflagrada hoje é uma resposta contundente do Estado para proteger nossa fauna, essencial para o equilíbrio ambiental. As investigações seguem para consolidar provas e oferecer denúncia criminal pelos crimes de tráfico de fauna, maus-tratos, associação criminosa e lavagem de dinheiro”, afirmou Luciana de Paula Imaculada, promotora de Justiça do MPMG e coordenadora da operação pelo Projeto Libertas. “Essa ação integrada demonstra o compromisso sério do Ministério Público brasileiro com o enfrentamento ao tráfico de fauna silvestre, um crime que causa sofrimento a milhões de animais, ameaça espécies inteiras e compromete os serviços ecossistêmicos essenciais à vida. Combater essa prática é também proteger a saúde pública, a integridade ambiental e a própria governança do país, uma vez que essas redes criminosas frequentemente estão associadas a outras atividades ilícitas que afetam a segurança e a estabilidade ambiental”, concluiu Juliana Ferreira, diretora-executiva da Freeland Brasil.

CUIABÁ (MT) — A Polícia Militar de Mato Grosso realiza, na noite desta quarta-feira (29), o lançamento oficial da Operação Guns n’ Roses, conforme divulgado pela assessoria da corporação.

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