O mato-grossense Rafael Mulisha acabou derrotado na decisão dos juízes, no último sábado de madrugada, em duelo de cinco rounds contra o americano John Sweeney, pelo cinturão do peso-galo do evento Legacy Fighting Alliance, em Charles, Arizona, nos Estados Unidos. A decisão dos três juízes foi unânime, marcando 50-45, 50-45 e 49-46.
O lutador, que é de Apiacás (487 quilômetros de Sinop), falou
sobre o duelo de cinco rounds contra o americano. Ele relembrou o problema na pesagem da luta quando o adversário não bateu o peso da categoria que é até 61 quilos e, com isso, a comissão só autorizou a luta caso os dois subissem para a categoria acima até 66. O cinturão do peso-galo então passou a valer somente para Rafael. “Deu aquela confusão toda na pesagem. Ele pesou 66, eu pesei 61 redondo. A comissão não ia deixar rolar a luta e pediu pra gente lutar na categoria acima até 66 quilos. Eu aceitei”.
Diante disso, Mulisha explica que sua equipe optou por uma estratégia pensando em deixar o adversário soltar mais o seu jogo nos dois primeiros rounds, com intuito de cansá-lo e, consequentemente, nos rounds em seguida conseguir impor mais sua estratégia. Porém, Rafael afirmou, ao Só Notícias, que errou ao tentar a todo momento finalizar ou nocautear e deixou trabalhar as quedas.
“Meu time falou ‘ele está muito pesado, vai vir forte no primeiro e segundo round e não vai aguentar mais’. Eles falaram, ‘você aguenta o primeiro e segundo, quando ele cansar a gente ganha dele’. Eu concordei e tracei essa estratégia. Na hora da luta ele veio forte, no primeiro round eu aguentei, no segundo eu não impus meu jogo que é grappling com MMA”, afirmou.
“Foi o cara mais duro que lutei e mais estranho. E para ele também, o time dele veio falar com a gente que foi a luta mais dura da carreira dele foi essa comigo. Eu coloquei a mão nele em algumas vezes, eu senti o cheiro da vitória, mas eu assisti essa luta duas vezes e fiquei puto comigo mesmo. Eu tenho um grappling bom, eu só tentei duas quedas nele, quis ganhar por nocaute e esse foi meu erro”, acrescentou.
Mulisha também disse que errou na movimentação em pé. “Eu saí muito da minha base de karateca, para chegar nele tive que me fechar, engolir umas porradas para acertar ele. Depois que eu assisti a luta, se eu tivesse ficado na base de karatê, eu tinha acertado mais ele”, concluiu.