Caminhoneiros de MT citam prejuízo e pedem ajuda a ministro

Após receber, em Brasília, as demandas do ex-prefeito de Diamantino, Chico Mendes, e do vereador Arnildo Gerhardt Neto, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, foi a Diamantino, neste domingo (5) verificar, in loco, a situação dos caminhoneiros autônomos que estão sofrendo os impactos de uma safra menor, pressionando os preços dos fretes.

“Fomos procurados em razão da nossa atuação, no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que antes do mesmo do fim safra, com as quebras ocasionadas pelas questões climáticas e os preços das commodities achatados, o governo do presidente Lula decidiu pela prorrogação dos investimentos de 2024 a fim de evitar uma crise e uma situação de inadimplência na agropecuária”, afirmou o ministro.Representante da categoria na Câmara Municipal de Diamantino, Arnildo explicou que a parcela de um conjunto completo (caminhão engatado) é de, aproximadamente, R$ 35 mil por mês. Já o faturamento do caminhoneiro autônomo está em torno de R$ 18 mil, segundo o parlamentar.”Não sustenta nem para a parcela, nem para a manutenção. Tem que ter uma carência, tem que ter um fôlego porque o nosso transporte puxa commodities e se não tem produção, não tem renda, não tem faturamento”, detalhou o vereador.
Fávaro explicou que os caminhoneiros autônomos acabam sendo mais afetados por conta da diferenciação de frete para baixo, uma vez que não contam com grande frota e nem realizam o contrato direto com as empresas do agronegócio.
Diante da situação, muitos profissionais já estão sofrendo com busca e apreensão de seus veículos.

“A situação financeira do transporte está indo para o caos. Esse caos que a gente fala é pra logo agora, mês de junho. Se eles (caminhoneiros autônomos) conseguirem passar o mês de maio, já é uma vantagem”, ressaltou Arnildo.”O setor de transporte é altamente correlacionado com o agronegócio. Daí recorremos e pedimos que medidas emergenciais fossem estendidas aos caminhoneiros autônomos, que pagam essa conta em virtude de ser o único bem de trabalho que eles têm”, disse o ex-prefeito Chico Mendes.

Fávaro relatou a situação ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e conversou com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para a construção de uma proposta para amenizar os impactos para estes profissionais.

Para o encontro com a categoria em Diamantino, municipio que está localizado num ponto chave para escoamento da safra, nas rodovias BRs 163 e 364, o ministro levou o coordenador de Engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Mato Grosso, Marcelo Sortica.Depois de conversar com os profissionais e verificar algumas situações de caminhões apreendidos, o ministro informou que situação é semelhante à dos produtores rurais, por se tratar de um elo da cadeia produtiva.
“Vamos buscar uma solução para este setor tão importante na economia brasileira”, finalizou Fávaro.

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