Coronel Assis avalia que desfile de escola é ‘papagaiada’ e quer explicações

O deputado federal Coronel Assis (PL) desaprovou o desfile da escola de samba Vai-Vai de São Paulo que fez duras críticas a policiais militares durante o carnaval. Segundo o parlamentar, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que se apresentou pela escola, será convocado para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados.

A Vai-Vai desfilou no último sábado (10) e trouxe ala composta por pessoas fantasiadas de policiais do Batalhão de Choque, que usavam chifres e asas, gerando grande repercussão nacional. A apresentação não foi bem recebida pela bancada ligada à segurança pública.

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (15), Assis demonstrou irritação com a apresentação da escola paulista e citou a Lei Rouanet como uma das formas de financiamento do carnaval.

“Nós temos a capacidade de nos empenhar, nos juntar e promover uma das maiores festas culturais do mundo que é o carnaval. Mas, de certa forma, isso é desvirtuado por uma escola que recebeu recursos da Lei Rouanet. Recursos ‘gordos’ da Lei Rouanet […] e promoveu uma situação dessas, demonizando homens e mulheres que lutam pela sociedade”, declarou aos jornalistas.

Para o parlamentar, a apresentação da Vai-Vai é uma “papagaiada”. “Uma inversão de valores o que aconteceu, uma verdadeira papagaiada no português claro”, disse.

De acordo com o deputado, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, deverá ser convocado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos por desfilar na escola.

“Nós, da Comissão de Segurança Pública, iremos intimar o senhor ministro [Silvio Almeida] que foi lá desfilar nessa escola aí”, afirmou.

Por outro lado, a vereadora Edna Sampaio (PT) defendeu o desfile da escola e disse que é preciso aceitar críticas.“Acho que é necessário, sim, fazer a crítica, e o carnaval é um espaço político. A Vai-Vai apresentou a crítica, que deve ser aceita pela corporação, pela instituição que se insere no espaço democrático. Nenhum de nós está livre da crítica. Ela é necessária se a gente defende o estado democrático de direito”, afirmou a vereadora.

 

 

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