O deputado federal Emanuelzinho (MDB) acusou o procuradorgeral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz, de atuar de forma parcial ao supostamente ‘proteger o governador Mauro Mendes (União) e deixar a saúde no interior continuar uma bagunça’. A declaração foi divulgada em suas redes sociais, na terçafeira (30), após uma crítica da correligionária e adversária do seu pai, Janaina Riva (MDB).
A parlamentar acusou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por atrasos de R$ 12 milhões nos repasses do Hospital de Câncer de Mato Grosso. Segundo ela, a gestão do prefeito tem recebido os valores corretos dos entes estadual e federal, porém não tem repassado.
Na publicação, Emanuelzinho disse que proporá um encontro com representantes do Ministério Público do Estado (MP-MT) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) buscando soluções pacíficas que não penalizem a gestão da Capital. ‘A sensação que dá é de que o Ministério Público de Mato Grosso na pessoa do seu procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz, atua protegendo o governador Mauro Mendes e deixando com que a saúde no interior continue a bagunça que está’, reclamou o deputado.
Logo em seguida, o emedebista argumentou que não pode assistir ‘inerte a população ser penalizada junto, enquanto um teatro acontece. Por isso hoje mesmo estou protocolando no Tribunal de Contas e no Ministério Público Estadual solicitando agenda com o presidente do Tribunal e o procurador-geral de Justiça’, emendou.
De acordo com ele, o objetivo da reunião é propor mediação entre as instituições para dirimir os problemas institucionais. Além de também questionar às instituições de controle que deem um diagnóstico dos repasses para a Santa Casa e Hospital do Câncer, além de supostas dívidas que o Estado deixou de pagar durante o período de intervenção na Secretaria Municipal de Saúde.
Na postagem, o deputado federal reclamou das críticas promovidas por Janaina, que, segundo ele, não passam de brigas políticas com o prefeito. ‘Ainda que seja legítimo seus questionamentos, esqueceu-se de pontuar que os meses de outubro, novembro e dezembro tèm sido um caos nos pagamentos dos serviços de saúde do governo do estado, deixando débitos com Hospital do Câncer, atrasando salários da Santa Casa e paralisando o atendimento no hospital regional de Colíder’.
Questionada pela reportagem da Gazeta sobre um posicionamento em relação às acusações, a assessoria de imprensa do Ministério Público preferiu não se manifestar até o fechamento dessa matéria.