Os corpos carbonizados descobertos na última sexta-feira, 19 de outubro, dentro de um veículo com placas brasileiras em uma área de mata em San Matías, Bolívia, foram transferidos para o estado de Mato Grosso, Brasil, onde passarão por exames de necropsia no Instituto Médico Legal (IML) a fim de determinar suas identidades. Um dos corpos foi encaminhado para a cidade de Cuiabá e o outro para Rondonópolis.
De acordo com informações apresentadas pelo jornalista Giovani Júnior, há suspeitas de que as duas vítimas sejam de nacionalidade brasileira. Além disso, há especulações de que um dos corpos carbonizados possa ser o criminoso Andrés de Araújo Cerqueira, conhecido como Júnior Gago, com 33 anos de idade, notório por seu envolvimento em roubos a bancos e arrombamentos de caixas eletrônicos.
Uma das linhas de investigação aponta para a possibilidade de o crime ter sido motivado por uma disputa entre facções criminosas em relação ao controle do tráfico de drogas. O incidente ocorreu nas proximidades de San José de la Frontera, um assentamento na fronteira com Cáceres.
Informações iniciais indicam que a polícia local, após analisar um dos crânios dos corpos, suspeita que possa se tratar de uma vítima do sexo feminino. Giovani Júnior também revela que Júnior Gago está foragido da Justiça. As autoridades bolivianas e brasileiras estão conduzindo a investigação conjuntamente.
Em entrevista ao programa “Cadeia Neles” da TV Vila Real, o delegado Caio Albuquerque, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que a família de uma das vítimas estava realizando um velório na região de Cuiabá. Conforme o delegado, o protocolo padrão em casos de morte violenta é encaminhar o corpo para necropsia a fim de determinar a causa do óbito e identificar a vítima antes de permitir o sepultamento. “O corpo foi encaminhado ao IML e, até o momento, não há informações sobre a identidade, pois está em um estado avançado de destruição e carbonização”, afirmou o delegado