Guia espiritual que abusava de vítimas é preso novamente

Guia espiritual Luiz Antônio Rodrigo da Silva, de 49 anos, investigado por abusar sexualmente de diversas mulheres durante supostos rituais de energização, foi preso novamente nesta quinta-feira (28), em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá.

Conforme já noticiado pelo  o guia já havia sido preso no dia 5 de setembro, por abuso de 7 mulheres, e teve um novo mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça com base na continuidade das investigações da Delegacia Especializada da Mulher.

Segundo as investigações, o suspeito utilizava a rede social Tik Tok para atrair as vítimas para sua “tenda religiosa”, prometendo amparo espiritual. No momento em que ficava a sós com a vítima, ele aproveitava para praticar os abusos sexuais, alegando que era o espírito encarnado que realizava as condutas

Após a primeira prisão, outras 6 vítimas compareceram à delegacia para denunciar os abusos praticados pelo investigado. Durante os depoimentos, elas relataram que existem outras vítimas, que não tiveram coragem de denunciar os abusos. Com base nas novas denúncias, o delegado Cley Celestino representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra o suspeito, que foram deferidos pela Justiça.

Os mandados foram cumpridos nesta quinta-feira (28) no bairro Coophema, em Cuiabá, após diversas diligências realizadas pelas equipes policiais. Além da prisão, também foi apreendido o aparelho celular do investigado que será encaminhado para perícia para coleta de novos elementos de investigação.

A delegada titular da DEDM, Judá Marcondes, destacou que a prisão deste suspeito é extremamente importante para demonstrar que todos os casos de violência sexual são investigados e aqueles que utilizam de técnicas para ludibriar as vítimas e praticar abusos sexuais não ficarão impunes.

“Precisamos combater a objetificação do corpo da mulher e a cultura do estupro, pois a mulher não é objeto para satisfação exclusiva do homem. Somos seres humanos em que nossas vontades e decisões precisam ser validadas e respeitadas. O estupro é um ato que mata a mulher em vida”, frisou a delegada.

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